Maionese Fugini: entenda problemas na fábrica que resultaram em recall e bloqueio de produção
Anvisa diz que não há orientação de restrição no consumo de outros alimentos da marca
As atividades da fábrica da Fugini, em Monte Alto, no interior de São Paulo, foram suspensas após a ordem da Anvisa na quarta-feira, 29, que também determinou o recolhimento de um lote de maionese em nova decisão publicada no dia seguinte. Isso porque foi identificado uso de produto vencido na fabricação da maionese.
A própria Fugini admitiu o uso de corante vencido na fabricação da maionese. "Por um erro operacional, esse lote de produtos foi fabricado com adição do ingrediente urucum (agente natural para dar cor ao produto) que representa 0,003% da formulação que estava fora da sua data de validade", diz um trecho do comunicado da empresa.
Os lotes afetados são:
• Maionese Fugini com vencimento em dezembro de 2023 e numeração iniciada por 354
• Maionese Fugini com vencimento em janeiro, fevereiro ou março de 2024
A Anvisa diz que a empresa tem, no máximo, 120 dias para concluir as ações de recolhimento nos sistemas de distribuição e revenda.
Tenho uma maionese desses lotes, como devolvo?
Caso você tenha comprado uma maionese de um desses lotes, é possível solicitar a troca do produto ou o reembolso do valor pago.
Em nota divulgada pelas redes sociais, a Fugini disponibilizou o canal de atendimento pelo telefone 0800 702 4337, para esclarecimento de dúvidas e outras informações adicionais.
Outros produtos foram afetados?
Não. As verificações encontraram irregularidades apenas no produto maionese de alguns lotes específicos, como mostrado mais acima. Não há quaisquer recomendações contra o consumo de outros produtos da marca, assim como a maionese produzida fora do período especificado pela Anvisa.
A empresa disse, por comunicado, que seus outros produtos são seguros para consumo.
Por que a fábrica está interditada?
Mesmo assim, o bloqueio de toda a produção na fábrica em Monte Alto continua, preventivamente. O estoque de molhos de tomate, conservas vegetais e outros produtos que estão armazenado dentro da fábrica também tiveram a distribuição proibida.
Essa medida foi tomada porque a Anvisa encontrou falhas graves relacionadas à higiene, controle de qualidade e segurança das matérias-primas, controle de pragas e outras situações adversas no local.
Segundo a Anvisa, a fábrica só terá autorização para retomar os trabalhos de produção depois que se adequar às "Boas Práticas de Fabricação".
A Anvisa deu um prazo de 10 dias para a Fugini se manifestar sobre as falhas detectadas durante a inspeção. A empresa pode apresentar um plano de correção à agência reguladora ou usar o prazo para sanar os problemas e obter a autorização para poder voltar à ativa.