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Angola tem condições de se tornar polo da Embraer na África, diz Lula

25 ago 2023 - 10h07
(atualizado às 11h01)
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(Reuters) -O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que acredita que Angola tem condições de se tornar um polo da Embraer Defesa e Segurança, divisão da Embraer, no continente africano.

"Angola tem condições de se tornar um polo da Embraer Defesa na África. A aquisição de aeronaves como o KC-390 e a revitalização da frota de Tucanos e Super Tucanos trariam transferência de tecnologia" disse Lula em discurso no Palácio Presidencial de Angola.

Lula ainda enfatizou a possibilidade de elevação da parceria entre Brasil e Angola em outras indústrias, como naval e de tecnologia, e destacou que a "ciência e a pesquisa" farão parte da cooperação entre os dois países.

O presidente também disse que o Brasil é o "parceiro ideal" para a revolução agrícola pretendida pelo aliado lusófono e que os ministérios da Agricultura de ambos os países atuarão juntos para buscar soluções conjuntas e de desenvolvimento sustentável.

"O Brasil é o parceiro ideal. Enfrentamos desafios semelhantes, temos conhecimentos tecnológicos e políticas públicas para compartilhar com Angola. Vamos elaborar um plano de ação conjunta entre nossos ministérios da Agricultura", afirmou.

Mais tarde, em declaração à imprensa, Lula defendeu discutir que as dívidas de países africanos com o Fundo Monetário Internacional (FMI) se tornem investimentos em projetos de infraestrutura no continente.

Lula chegou a Angola na noite de quinta-feira, após passar a semana em Johanesburgo, na África do Sul, para um encontro de cúpula do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

No domingo, ele estará em São Tomé e Príncipe, um outro país lusófono e ex-colônia de Portugal na África como Angola, onde participará do encontro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

A passagem de Lula pela África faz parte dos esforços do presidente em retomar os laços estreitos com o continente, o que já havia sido foco da política exterior brasileira em seus dois mandatos anteriores.

"É um momento especial que simboliza o retorno do Brasil à África", disse ele na abertura de seu discurso.

O presidente disse à imprensa que deseja visitar o "máximo" de países africanos que conseguir durante seu mandato.

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