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Combate às alterações climáticas por parte dos bancos centrais é urgente, diz dirigente do BCE

Piero Cipollone alerta para os desdobramentos negativos da crise climática sobre a inflação, produtividade e riscos financeiros na economia globalizada

26 mai 2024 - 11h59
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O dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Piero Cipollone, disse em discurso neste domingo, 26, que o combate às alterações climáticas por parte do bancos centrais é urgente, na medida em que elas têm impacto na inflação e na exposição a choques de oferta, reduzem a produtividade e criam riscos financeiros.

"Assim, enfrentamos dois caminhos mutuamente exclusivos: ou escolhemos a inação e ficamos presos em um circulo vicioso de resposta constante à escalada de crises ou procuramos proativamente prevenir a emergência de novas crises climáticas e energéticas através de políticas sólidas e coordenadas", afirmou.

Cipollone disse ainda que este é um papel não apenas do BCE, mas que também cabe aos governos e à iniciativa privada. "Especificamente, a UE (União Europeia) terá de implementar políticas robustas do lado da oferta para se afastar dos combustíveis fósseis, aumentar a eficiência energética e garantir a disponibilidade de matérias-primas essenciais", disse, mencionando ainda uma necessidade de "investimentos substanciais".

"Ao reunir recursos em toda a Europa e estabelecer uma união forte dos mercados de capitais, podemos atrair capital privado significativo - e direcioná-lo para projetos sustentáveis", disse o dirigente do BCE.

Transição verde

A Comissão Europeia estima que, para cumprir todos os objetivos para a transição verde do bloco econômico, seria necessário um investimento adicional anual de 620 bilhões de euros entre 2023 a 2030, o equivalente a 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB) europeu em 2023.

"Estamos expostos a um círculo vicioso, em que a economia se vê presa num ciclo contínuo de gestão de crises, o que reduz a margem para realizar os investimentos necessários na transição verde", concluiu Cipollone.

Estadão
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