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Bovespa registra 3ª queda consecutiva; B2W dispara 41%

27 jan 2014 - 18h00
(atualizado às 18h00)
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Depois de um dia de volatilidade, a Bovespa fechou com leve queda nesta segunda-feira, ainda repercutindo preocupações sobre a redução dos estímulos à economia norte-americana, associadas à aversão ao risco de investidores com os mercados emergentes. O Ibovespa fechou pelo terceiro pregão consecutivo com variação negativa, de 0,18%, a 47.701 pontos. O giro financeiro do pregão foi de R$ 5,6 bilhões.

Fora do Ibovespa, a ação da B2W subiu 41,61%, com o mercado recebendo bem o anúncio da companhia de comércio eletrônico de que seu Conselho de Administração aprovou um aumento de capital privado da empresa.

Na sequência de quatro quedas semanais seguidas, o Ibovespa tentou se sustentar no azul diversas vezes ao longo do dia, mas o peso das ações de Ambev, CSN e Oi ofuscaram a alta de papéis do setor financeiro no final da sessão.

"Não havia motivo para apontar para cima, já que temos uma semana tumultuada com reunião do Federal Reserve e (divulgação do) Produto Interno Bruto dos Estados Unidos, que devem deixar os ânimos acirrados com a expectativa de retirada de estímulos (nos EUA)", afirmou o analista da Banrisul Corretora Fábio Gonçalves.

Investidores trabalham sob expectativa de que o FED possa anunciar na quarta-feira mais um corte de US$ 10 bilhões em seu programa de compras mensais de títulos, ante os atuais US$ 75 bilhões, reduzindo ainda mais a oferta global de liquidez.

Segundo o operador de renda variável Luiz Roberto Monteiro, da Renascença DTVM, além do temor de uma aceleração no ritmo de corte do programa do FED, preocupações quanto à crise na Argentina, a perspectiva de aumento do dólar e a dúvida sobre o rating brasileiro ainda pairam sobre o mercado, que está operando no curtíssimo prazo.

No fronte corporativo, a operadora Oi e a Energias do Brasil tiveram as maiores quedas percentuais do dia. Por outro lado, as ações da Brookfield Incorporações foram destaque de alta do pregão, depois da companhia confirmar que avalia uma oferta pública para fechar capital. A Brookfield acrescentou que, como alternativa estratégica, também avalia uma capitalização via emissão de novas ações.

Em nota, analistas do Credit Suisse afirmaram que uma potencial deslistagem seria benéfica aos atuais acionistas, devido ao atual valor pressionado da ação. "Por outro lado, um potencial aumento de capital, apesar de necessário, considerando os atuais níveis de alavancagem, poderia diluir muito acionistas minoritários que não sigam a oferta", acrescentaram.

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