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Bolsonaro defende reforma da Previdência, diz que ela estabilizará contas públicas

7 mar 2019 - 20h00
(atualizado às 20h38)
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O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta quinta-feira a reforma da Previdência ao afirmar que ela permitirá estabilizar as contas públicas e viabilizará uma "rígida" reforma tributária.

Embaixador interino dos EUA na ONU, Jonathan Cohen, discursa na sede da entidade em Nova York
07/03/2019 REUTERS/Ricardo Moraes
Embaixador interino dos EUA na ONU, Jonathan Cohen, discursa na sede da entidade em Nova York 07/03/2019 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Ricardo Moraes / Reuters

"Os avanços que o Brasil precisa dependem da aprovação da Nova Previdência. É a partir dela que o país terá condições de estabilizar as contas, potencializar investimentos, viabilizar uma rígida reforma tributária e enxugar ainda mais a máquina pública, reduzindo nossas estatais", escreveu Bolsonaro em uma das duas postagens no Twitter sobre a reforma nesta tarde.

"Foi pensando na importância disso que nosso time econômico elaborou um modelo de previdência que segue os padrões mundiais, que combate privilégios como aposentadoria especial para políticos, que cobra menos dos mais pobres, e que incluirá todos, inclusive militares. Seguimos!"

A publicação de Bolsonaro no Twitter acontece depois de o presidente provocar polêmica nas redes sociais durante o Carnaval ao divulgar um vídeo controverso —em que um homem urinava sobre outro no que aparentava ser um bloco de rua— para criticar os festejos.

O episódio gerou diversas críticas, entre elas de que o presidente não estaria focado na reforma da Previdência, considerada a principal prioridade para equilibrar as contas públicas e permitir a recuperação da economia.

Mais tarde, em transmissão ao vivo pelo Facebook, Bolsonaro

afirmou que o Congresso é "soberano" para modificar a proposta da reforma da Previdência enviada pelo governo. Disse esperar, no entanto, que ela não seja "muito desidratada" para que atinja seu objetivo.

"Não é porque eu quero, nós precisamos fazer uma reforma da Previdência...nós não queremos que no futuro o Brasil se transforme em uma Grécia onde chegou-se no fundo do poço na questão econômica", disse o presidente.

"E nós pretendemos, sim, aprovar essa reforma", continuou. "Se bem que o Parlamento é soberano para fazer qualquer possível alteração. Só esperamos que não seja muito desidratada para que atinja realmente o seu objetivo e sobrem recursos para nós investirmos em emprego, segurança, saúde, educação, é isso que nós pretendemos."

Ao reafirmar a necessidade da aprovação da reforma, Bolsonaro garantiu, durante a transmissão ao vivo, que os militares também estarão sujeitos a novas regras de aposentadoria, respeitadas suas "especificidades".

A ausência de alterações na Previdência dos militares provocou resistência entre parlamentares, mesmo entre aqueles mais identificados com o governo.

O Palácio do Planalto prometeu enviar até o dia 20 de março o projeto de lei com as mudanças previdenciárias para os militares, que não dependem de mudança na Constituição como as alterações previdenciárias gerais.

Bolsonaro aproveitou para reforçar que a ideia da reforma é "combater privilégios" e lembrou que até mesmo os políticos terão suas regras de aposentadoria modificadas e estarão sujeitos ao teto do regime geral.

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