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BC: setor público tem déficit de R$ 7,3 bilhões em setembro

Em doze meses, o setor público consolidado acumulou déficit de R$ 245,6 bilhões

11 nov 2024 - 11h31
(atualizado às 11h52)
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O saldo negativo nas contas públicas representa 2,15% do PIB (Produto Interno Bruto).
O saldo negativo nas contas públicas representa 2,15% do PIB (Produto Interno Bruto).
Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão

O setor público consolidado (governo central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) teve um déficit primário de R$ 7,3 bilhões em setembro, após um saldo negativo de R$ 21,425 bilhões em agosto, informou nesta segunda-feira, 11, o Banco Central (BC).

O resultado primário de setembro reflete a diferença entre as receitas e despesas do setor público, antes do pagamento dos juros da dívida pública. No mesmo mês de 2023, o saldo havia sido negativo em R$ 18,1 bilhões.

No Governo Central, nos governos regionais e nas empresas estatais houve, na ordem, déficits de R$ 4,0 bilhões, R$ 3,2 bilhões e R$ 192 milhões. Em doze meses, o setor público consolidado acumulou déficit de R$ 245,6 bilhões, equivalente a 2,15% do Produto Interno Bruto (PIB).

Proporção do PIB

A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) como proporção do PIB decresceu 0,2 ponto porcentual na passagem de agosto para setembro, de 78,55% para 78,3%, segundo o Banco Central. Em valores nominais, corresponde a R$ 8,9 trilhões.

Essa redução decorreu, principalmente, da evolução dos juros nominais apropriados (+0,6 p.p.), do resgate líquido de dívida (-0,2 p.p.), da valorização cambial (-0,2 p.p.) e da variação do PIB nominal (-0,5 p.p.).

A DBGG é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.

A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP), que considera as reservas internacionais do Brasil, aumentou de 62,02% do PIB em agosto para 62,4% em setembro. Em reais, atingiu R$ 7,1 trilhões, elevando 0,4 p.p o PIB do mês.

Fonte: Redação Terra
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