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Arcabouço: relator no Senado tira despesas com ciência e tecnologia do limite de gastos

Omar Aziz também deixou de fora os gastos com o Fundeb e o Fundo Constitucional do Distrito Federal

20 jun 2023 - 12h56
(atualizado às 13h31)
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O relator do projeto do arcabouço fiscal, Omar Aziz, aumentou a lista de despesas que ficam fora do limite de gastos da nova regra. De última hora, ele excluiu do novo teto as despesas com ciência, tecnologia e inovação.

Além desses gastos, Aziz deixou de fora as despesas do novo teto de gastos o Fundeb (voltado para a educação básica) e o Fundo Constitucional do Distrito Federal, mudanças que já tinham sido anunciadas por ele.

No parecer, divulgado no final da manhã, considerou "oportuno e essencial" acolher a proposta da emenda ao texto apresentada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) para excluir dos limites de gastos de cada poder (Executivo, Legislativo e Judiciário) também as despesas com ciência, tecnologia e inovação.

Emenda do senador Renan Calheiros tira do novo limite de gastos as despesas com ciência, tecnologia e educação.
Emenda do senador Renan Calheiros tira do novo limite de gastos as despesas com ciência, tecnologia e educação.
Foto: Ed Ferreira/Estadão / Estadão

"Essa área evidentemente precisa ser protegida uma vez que contempla ações necessárias ao desenvolvimento econômico e social do País, e representa as pretensões de uma sociedade que olha para o futuro e deseja garantir crescimento e progresso para as futuras gerações", diz o relator no parecer.

Em 2023, as despesas previstas na "função Ciência e Tecnologia" do Orçamento autorizadas são de R$ 14,69 bilhões. O governo já empenhou R$ 4,14 bilhões e pagou R$ 2,1 bilhões. De 2010 a 2022, as despesas pagas nessa função oscilaram entre R$ 4,64 bilhões (2021) e R$ 8,25 bilhões (2022).

Novo Comitê

O parecer do relator inova ao criar o Comitê de Modernização Fiscal, com a finalidade de aprimorar a governança das finanças federais e tornar as etapas de planejamento, execução e controle do ciclo orçamentário mais transparentes e eficientes para o financiamento de políticas públicas.

Os seus representantes terão de se reunir uma vez por ano para aprovar o plano de trabalho e o relatório de atividades. O Comitê não possui caráter deliberativo e será composto por um representante dos ministérios da Fazenda, Ministério do Planejamento e Orçamento, Câmara dos Deputados, Senado Federal e Tribunal de Contas da União (TCU).

Gastos em 2024

O relator não mexeu nem na forma de correção da inflação e nem na arrecadação que determina o limite de despesas em 2024, no primeiro ano de mudança na nova regra fiscal. Uma mudança no texto poderia facilitar a vida do Ministério do Planejamento na elaboração do Orçamento do ano que vem para abrir espaço de pelo menos R$ 40 bilhões em despesas.

Na prática, isso significa que o governo pode acabar optando em propor uma mudança no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano que vem e criar despesas condicionadas até que esse espaço fiscal para ampliação dos gastos possa ser feito ao longo de 2024, conforme as regras já previstas no texto que saiu da Câmara.

Estadão
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