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Acusados na Operação Zelotes afirmam que foram só lobistas

26 jan 2016 - 08h58
(atualizado às 09h40)
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O ex-ministro Gilberto Carvalho chega ao prédio da Justiça Federal para prestar depoimentos como testemunha na Operações Zelotes
O ex-ministro Gilberto Carvalho chega ao prédio da Justiça Federal para prestar depoimentos como testemunha na Operações Zelotes
Foto: Agência Brasil

As defesas de acusados na Operação Zelotes afirmaram no primeiro dia de depoimentos que seus clientes estão sendo processados por terem atuados como lobistas, profissão que não é regulamentada no país. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.

Em um dos casos, a Polícia Federal investiga se o lobista Mauro Marcondes pagou propina a integrantes do governo para que houvesse a prorrogação de uma medida provisória favorável ao setor automotivo.

Marcondes disse à Folha que o lobby está sendo “criminalizado”, o que é “um desserviço ao Brasil”. Ele trabalha nessa área “desde a ditadura militar”.

Outra envolvida no processo, Maura Lúcia Montella, mulher do lobista Alexandre Paes dos Santos, disse que a ação do Ministério Público é uma “agressão” e que “os lobistas são profissionais altamente especializados”, além de que “o lobby faz parte da economia”.

O procurador da República no Distrito Federal, Frederico Paiva, negou que a denúncia tente criminalizar o lobby. De acordo com Paiva, existem evidências de que “parte do dinheiro” com ligação ao lobby “foi destinada a servidores públicos”. “Ninguém passa R$ 70 milhões para alguém para fazer reunião com segundo escalão de governo. E nem houve reuniões”, disse o procurador.

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