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Abiquim: déficit na balança comercial do setor até agosto cai 6,7%

21 set 2020 - 16h02
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O déficit na balança comercial de produtos químicos caiu 6,7% no ano até agosto, em relação ao mesmo período de 2019, para US$ 19,2 bilhões. Entre janeiro e agosto deste ano, enquanto as importações encolheram 9%, para US$ 26,6 bilhões, as exportações caíram 14,3%, totalizando US$ 7,4 bilhões. Os números são da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), que chama a atenção para a quantidade recorde importada. Segundo a entidade, a queda de 15,6% nos preços médios "intensificam as preocupações sobre práticas desleais de comércio".

Nos últimos 12 meses (setembro de 2019 a agosto deste ano), o déficit comercial atingiu a marca de US$ 30,3 bilhões, em razão da complexa conjuntura internacional de desempenho econômico particularmente instável, com reduções expressivas de PIB nacionais por todo o globo.

As importações brasileiras de produtos químicos somaram US$ 3,4 bilhões em agosto, mantendo o elevado ritmo do mês anterior (de US$ 3,6 bilhões), apesar da turbulência econômica causada pelo agravamento da pandemia do novo coronavírus nos últimos meses no Brasil e nos países vizinhos. Isso enquanto grandes economias, principalmente asiáticas, já demonstravam claros sinais do reaquecimento de suas atividades industriais e exportações, intensificando as preocupações da indústria brasileira sobre a ocorrência de possíveis práticas desleais de comércio.

Segundo dados da Abiquim, em termos de quantidades físicas, as movimentações foram de 4,4 milhões de toneladas em agosto, recuo de 6,7% frente às 4,8 milhões de toneladas de julho, mas fazendo do intervalo entre janeiro e agosto o recorde para o período, de 32,1 milhões de toneladas, em toda a série histórica do acompanhamento da balança comercial de produtos químicos.

Em nota, Ciro Marino, presidente-executivo da Abiquim, afirma que "o momento exige cautela e visão estratégica, pois vários países, incluindo o próprio Brasil, ainda estão focados na busca de soluções e agendas emergenciais para o enfrentamento da pandemia e de suas graves consequências sociais e econômicas, ao passo que outras grandes economias começam a vislumbrar as tendências e oportunidades para seus interesses geopolíticos em relação à produção e ao consumo de bens nas cadeias globais, examinando suas dependências e riscos decorrentes e tratando de várias reincorporações produtivas já no curto prazo".

Marino recorda ainda que considera essencial para o País atrair novos investimentos em programas federais nevrálgicos como outorgas e concessões em infraestrutura, em parcerias público-privadas, no 'Novo Mercado do Gás', como também os projetos do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), concorrendo nesse delicado momento com várias economias que estão reavaliando seus investimentos e presença nas cadeias de valor.

Contato: fabiana.holtz@estadao.com

Estadão
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