Terça, 05 de dezembro de 2000, 16h59min
Seguem comentários de analistas e especialistas em Wall Street após o chairman do Federal Reserve, Alan Greenspan, dizer que o banco central precisa estar alerta à possibilidade de os preços em queda das ações e os crescentes spreads de crédito gerarem uma desaceleração dramática.

Kevin Logan, economista sênior, Dresdner Kleinwort Benson

"É geralmente bom para os bônus e consequentemente positivo para as ações. Assim que as pessoas pensem que o Fed está indo em direção ao corte dos juros, o mercado vai ter algum alívio e o corte nos juros é bom para os bônus.

Ele está sugerindo genericamente, eu acho, que eles podem se direcionar a uma posição neutra em breve e não seria ruim cortar as taxas de juros no ano que vem se a economia continuar desacelerando.

Ele poderia ter adotado uma abordagem mais do tipo 'esperar para ver'. Mas ele parece estar inclinado mais fortemente para o lado de que as coisas estão mais equilibradas e de que a porta possa ser aberta para um afrouxamento da política monetária mais tarde. Na verdade, ele não diz isso, mas as pessoas estão inferindo.''

Ian Shepherdson, economista-chefe da High Frequency Economics

"Ficamos um pouco desconcertados pela forte reação favorável do discurso do sr. Greenspan, no qual ele claramente sugeriu que o Fed precisa ter evidência de mais desaceleração antes de reduzir os juros. O chairman do Fed reconheceu uma 'apreciável' desaceleração, mas, criticamente, disse que as duras condições nos mercados de crédito não são nada comparáveis às de 1998."

Chris Widness, economista internacional, Chase Securities

"O discurso está dizendo que Alan Greenspan está bem em linha com o que o mercado está pensando, ou seja, a economia norte-americana está desacelerando significativamente. O Fed está mudando para um viés neutro em dezembro e os riscos são maiores de um corte no ano que vem. O discurso do Greenspan não infere, no entanto, que o Fed vai reduzir os juros, mas só que eles estão mais preparados para cortar agora do que no passado."

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Reuters

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