O diretor de Finanças Públicas e Regimes Especiais do BC, Carlos Eduardo de Freitas, disse que o leilão do Banespa será "disputadíssimo". Segundo ele, o banco tem muito valor, apesar das tentativas de depreciação do patrimônio da União. Ele citou como exemplo a revista Época deste final de semana, que atribuiu a saída de bancos estrangeiros do leilão do Banespa ao desaparecimento de documentos referentes a empréstimos feitos pelo banco. Carlos Eduardo de Freitas lembrou que a intervenção do BC no Banespa foram decorrentes de irregularidades no Banco do Estado de São Paulo. "A intervenção do BC não se fez por outra razão, mas por irregularidades graves que foram totalmente corrigidas. Os empréstimos, digamos, mal concedidos, fraudulentos, foram totalmente provisionados, retirados do ativo, o banco recebeu mais de R$ 30 bi de injeção de capital e os compradores tiveram todas as informações cabíveis e necessárias para a sua avaliação", afirmou o diretor do BC.
"Esses empréstimos (denunciados pela revista época), hoje não valem mais nada, estão fora do ativo, o banco está provisionado, limpo, equilibrado. Os responsáveis estão nos processos que estão no Ministério Público. Não há o que se falar mais nisso; não houve nenhuma desistência por desconhecimento da carteira de empréstimo", garantiu.
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