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Bordão de Isabelle Drummond em 'Caras & Bocas' vira mania

8 jul 2009 - 12h14
(atualizado às 17h18)
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Isabelle Drummond conseguiu fazer de um conto de fadas sua própria história. Assim como uma espécie de "Pinocchio", a boneca virou menina de verdade. E segue persistente para mostrar ao público que cresceu e apareceu diante das câmaras com sua personagem Bianca em Caras & Bocas, na Globo. Não tão falante como a boneca Emília, papel que marcou sua estreia, Isabelle economiza nas palavras, mas tem sempre raciocínio preciso.

Aos 15 anos de idade e nove de carreira, ela vê no personagem a possibilidade de mostrar que pode fazer mais do que um papel marcante. "A Bianca me traz mais do que maturidade. Ela me dá a oportunidade de dizer ao público que posso ir além, fazer personagens diferentes", avalia sob os olhares atentos da mãe.

Se desvencilhar da criação de Monteiro Lobato, aliás, é o que mais consome a atriz, que passou a decorar seus primeiros textos ainda aos sete anos, quando foi chamada para interpretar a boneca, no Sítio do Picapau Amarelo, em 2001. A jovem atriz diz que lembram menos de seu primeiro papel por conta do novo personagem. "Procuro ser lembrada por outros papéis. Não quero ser um rótulo. Por isso mesmo tento fazer um personagem diferente do outro. Esta é outra fase. Não sou mais criança", dispara cheia de firmeza.

Mas foi por conta de seu bom trabalho e espontaneidade no seriado infantil que o diretor de elenco Nelson Fonseca, de Caras & Bocas, chamou Isabelle para integrar a trama. Segundo ela, Walcyr Carrasco e Jorge Fernando lembraram de seu nome e acharam que a filha de Dafne, de Flavia Alessandra, seria sua cara. "A Bianca é uma Emília madura. Está sempre aprontando, é cômica. Mas também não gosto de compará-las, são personagens diferentes", defende.

Mesmo fazendo parte de uma novela das sete, onde as situações cômicas e inusitadas prevalecem, Isabelle acredita que consegue trabalhar em cima dos dramas de sua personagem, mesmo que eles tenham humor. O difícil para a atriz é fazer uma cena de choro e, logo em seguida, uma de riso. "É uma delícia ter a oportunidade de fazer as duas coisas. Posso mostrar lados interpretativos diferentes. Para o ator, esses contrastes são bons", analisa.

E é ao lado de Jorge Fernando que a atriz gosta de estar enquanto o diretor não grita o "gravando". Isabelle não esconde que é do tipo de atriz que prefere ser dirigida, guiada em cena. "Ele me dirige o tempo todo e, acho que isso ajuda o ator, no entendimento da cena mesmo. Ele dá ideias do que a gente pode fazer, incrementa o negócio, dá pitadas. Me divirto muito com ele", elogia.

Como de costume, desde o início da sua carreira, a atriz memoriza as falas dentro do carro, no caminho de sua casa, na cidade de Niterói, até o Rio de Janeiro, onde fica o Projac. E não sente dificuldades com os textos de Carrasco. "Estudei o próprio personagem. Fui lendo para criá-la dentro de mim", observa.

Com um personagem cheio de manias e sob uma direção original, só faltava um bordão para que Isabelle ficasse marcada de vez como Bianca. "É treva" se repete inúmeras vezes e já virou mania, pelo menos na escola onde a atriz estuda. "Meus amigos repetem o dia inteiro no meu ouvido o bordão, brincam comigo por conta disso", conta aos risos.

Mas Isabelle é contida e diz que toda irreverência de Bianca é fruto do bom trabalho do autor. E que só está tendo facilidade no humor por conta do texto já bem humorado de Walcyr Carrasco. "Ele sempre tem uma comédia boa, não é?! Ele é interessante sem ser ridículo. Por isso dá certo", opina.

Caras & Bocas - Globo, de segunda a sábado, às 19h.Maturidade precoce Isabelle Drummond já despertava olhares pela língua afiada e convicção das palavras mesmo antes de completar os dez anos. Quando era perguntada sobre o que queria ser quando fosse adulta, ela respondia sem pestanejar: atriz, cantora, modelo, veterinária e astronauta. Aos 15 anos, a atriz admite que sempre imprimiu suas vontades e pensamentos sem ser reprimida. Falava tudo o vinha à cabeça e gravava por diversão. "Quando eu era menor, tinha certeza do que queria para mim, mas não entendia que atuar era um trabalho. Hoje vejo a tevê de forma mais séria", pondera Isabelle que, mesmo no 1º ano do ensino médio, mudou de ideia e já pretende cursar Jornalismo. O início da carreira aos sete anos deu a atriz um amadurecimento precoce. Depois de o "Sítio do Picapau Amarelo", participou de "Os Maias", voltou para o seriado infantil e, logo em seguida, fez "Eterna Magia". Mas foi no cinema, em "Se Eu Fosse Você 2", ao lado de Tony Ramos e Glória Pires, que Isabelle voltou a reforçar sua imagem. "Foi maravilhoso porque as pessoas começaram a me ver de outra forma. E esse filme foi muito comercial, todo mundo viu", confirma, reforçando a bilheteria que ultrapassou os 5,3 milhões de espectadores. Apesar disso, Isabelle diz saber seu lugar e não quer que a enxerguem como adulta, sem ser. "Comecei a trabalhar muito cedo e por isso amadureci rápido. E sempre trabalhei com gente mais velha que eu. Mas sou só uma adolescente. A diferença é que levo as coisas com mais disciplina", justifica.Instantâneas# Isabelle Drummond foi entrevistada no "Programa do Jô" quando tinha oito anos. Na época, ela estava no ar em "Sítio do Picapau Amarelo", mas já havia feito "Os Maias" e uma participação em "Laços de Família".# "Se Eu Fosse Você", de Daniel Filho, não foi o único filme que Isabelle rodou. Em 2000, a atriz fez "Xuxa Popstar".# No teatro, a atriz já esteve na peça"Cosquinha". A comédia infantil tem texto adaptado por Heloísa Perissé e Ingrid Guimarães da peça "Cócegas".# Aos seis anos, Isabelle implorou para que sua mãe Damir Drummond a levasse em uma agência de modelos infantis. Pouco tempo depois, a menina já fazia comerciais de tevê e testes para a Globo.

Isabelle interpreta Bianca em 'Caras & Bocas'
Isabelle interpreta Bianca em 'Caras & Bocas'
Foto: TV Press
Fonte: TV Press
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