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Quem gosta de boa teledramaturgia deve torcer por ‘Jesus’

Nova novela pode reabilitar ficção da Record e impor saudável concorrência à Globo

4 jun 2018 - 12h05
(atualizado às 12h14)
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Dudu Azevedo, protagonista de "Jesus", durante o processo de caracterização do personagem
Dudu Azevedo, protagonista de "Jesus", durante o processo de caracterização do personagem
Foto: Instagram @duduazevedo / Reprodução

Líder isolada, a emissora da família Marinho não vê no horizonte ameaça à audiência de suas novelas.

As médias no Ibope das atuais tramas inéditas Malhação – Vidas Brasileiras (17 pontos), Orgulho e Paixão (21 pontos), Deus Salve o Rei (25 pontos) e Segundo Sol (32 pontos) colocam a Globo em situação confortável no ranking.

No SBT, As Aventuras de Poliana se tornou um sucesso imediato, com 14 pontos de média. Mas este índice é insuficiente para ameaçar a hegemonia global.

Os 8 pontos de Apocalipse deixaram a RecordTV para trás. 

No momento, a teledramaturgia do canal paulista em nada lembra o ápice vivido em 2015, com o fenômeno Os Dez Mandamentos.

O folhetim bíblico conquistou o público e gerou valiosa publicidade espontânea para a RecordTV na mídia. A imprensa deu amplo espaço à novela.

Com picos acima de 30 pontos e média geral de 16, a produção que reproduziu a abertura do Mar Vermelho impôs derrotas seguidas ao Jornal Nacional e fez a Globo se sentir ameaçada.

Em qualquer mercado, quanto mais concorrência, melhor para o consumidor. A disputa exige investimento em qualidade.

A Globo já tem seu ‘padrão’ – altíssimo aliás, porém não isento de falhas.

SBT e RecordTV produzem novelas com competência, porém ainda precisam investir mais para atingir o primor técnico da grande concorrente.

Espera-se que a nova aposta da RecordTV, Jesus, com estreia prevista para julho, represente a ressurreição da teledramaturgia da emissora.

Somente uma série de intempéries seria capaz de prejudicar uma novela protagonizada pelo personagem mais popular da história do Cristianismo.

A RecordTV está com o pão e o peixe em mãos para dar a volta por cima e, sem precisar de um milagre, dar a volta por cima no Ibope com uma novela atrativa.

O sucesso da teledramaturgia recordista será bom para os telespectadores e garantirá emprego a centenas de profissionais envolvidos na complexa produção de uma telenovela.

Tomara que a cúpula do canal não permita que qualquer ingerência dogmática prejudique o projeto de ‘Jesus’.

As interferências indevidas em Apocalipse resultaram no desastre da trama.

Televisão não é para amadores ideólogos. O veículo exige profissionalismo e estratégia.

A família Marinho faz o certo: escala especialistas para comandar a teledramaturgia da Globo e intervém o mínimo possível.

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