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Excesso de reprises de novelas desvaloriza a TV aberta

Maiores emissoras não abrem mão de exibir tramas antigas para tapar buracos na programação

18 nov 2019 - 12h05
(atualizado em 21/11/2019 às 08h35)
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Por mais prazeroso que possa ser assistir pela segunda vez à uma boa novela, o telespectador em busca de novidades pode se chatear com o exagero de reapresentações nas maiores redes de TV do País.

No SBT, acompanha-se à tarde a reprise da reprise de 'Meu Coração é Teu' e 'Abismo de Paixão'. No horário nobre, há o repeteco de 'Cúmplices de um Resgate'.

A Escrava Isaura, reprisada pela quarta vez em 14 anos: audiência ainda expressiva
A Escrava Isaura, reprisada pela quarta vez em 14 anos: audiência ainda expressiva
Foto: Divulgação/RecordTV

A Record colocou no ar a quarta reapresentação de 'A Escrava Isaura'. Além disso, exibe pela terceira vez 'Caminhos do Coração' e transmite novamente 'O Rico e o Lázaro'.

Para as emissoras, reprisar é bom negócio. Gasta-se bem menos pagar os direitos conexos de uma obra antiga do que investir em nova produção.

Os resultados no Ibope também incentivam essa prática. 'A Escrava Isaura', por exemplo, registra média de 7 pontos, apenas 1 ponto atrás da inédita Topíssima.

Em alguns dias, 'Cúmplices de um Resgate' já empatou ou até superou o índice da exibição original de 'As Aventuras de Poliana'.

Na Globo, o Vale a Pena Ver de Novo virou trunfo. 'Com Por Amor', encerrada em outubro, bateu a audiência de 'Malhação' e da novela das 18h, 'Éramos Seis'.

O desempenho positivo das reexibições prova que o brasileiro ainda gosta de consumir a teledramaturgia clássica, apesar da crescente oferta de outros formatos de ficção nos canais pagos e em serviços de streaming.

Acompanhar pela segunda, terceira, quarta vez um mesmo folhetim talvez suscite lembranças agradáveis, capazes de entreter e servir de escapismo, ainda que se saiba de cor tudo o que vai acontecer no fim da trama.

Mas, para os canais, esse recurso manjado deixa a programação artisticamente mais pobre. Falta criatividade e ousadia na hora de decidir como preencher os vazios da grade de programação.

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