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Tim Maia, o artista que engrandeceu o soul e o funk no Brasil

13 set 2021 - 19h20
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Como muitos já sabem, o título desta matéria faz alusão ao apelido dado por Jorge Benjor em sua música W/Brasil, ao seu amigo e gigante Sebastião Rodrigues Maia o nosso saudoso Tim Maia.

Foto: Reprodução | Instagram | @timmaiaoficial / The Music Journal

Carioca da Tijuca nascido em 29 de setembro de 1942, Maia era cantor, compositor, empresário, multi-instrumentista, maestro e grande responsável por tornar o soul, o funk e o R&B mais conhecidos no Brasil.

Com tessitura vocal baixo-barítono, voz grave, potente, e inconfundível, Tim Maia deu seus primeiros passos na música aos 14 anos como percussionista, quando criou o Grupo Os Tijucanos do Ritmo, que duraria apenas 1 ano, mas que serviria de combustível para o trabalho seguinte.

Em 1957, fundou o grupo The Sputniks (nessa época ainda conhecido como Tião Maia), em que um dos membros era seu parceiro e amigo, o Rei Roberto Carlos. Dois anos depois, foi para os EUA conhecer de perto a black music e o soul.

Já de volta ao Brasil em 1970, gravou seu primeiro LP, Tim Maia, que emplacou vários sucessos que dispensam apresentações, como Azul da Cor do Mar, Primavera e Eu amo você. Um ano depois, nos coroou com o hino Não Quero Dinheiro, Só Quero Amar, e outras pérolas como Não Vou Ficar e Preciso Aprender a Ser Só.

Cinco anos mais tarde, Tim se filiou à seita Universo em Desencanto, e lançou a mística Rational Culture.

Com um gênio forte e uma personalidade marcante regada ao uso de drogas, Tim Maia frequentemente criava polêmicas e atritos com empresários, produtores e gravadoras. Por esse motivo, fundou sua própria gravadora, a Seroma (amores ao contrário), que mais tarde se tornou a conhecida Vitória Régia. Vieram então mais tiros certeiros, como Descobridor dos Sete Mares, Que Beleza, e a clássica Me dê Motivo.

Por nunca ter largado o consumo de álcool e drogas, muitas vezes não comparecia à shows e entrevistas, o que passava a ser um problema para contratantes e produtoras musicais. Sem contar as reclamações constantes nos ensaios por parte de Tim, o que se tornou sua marca registrada. A frase Mais retorno, virou um clássico pedido antes dos shows e até durante as apresentações.

Tim Maia faleceu em 15 de março de 1998, aos 55 anos, mas seus hits seguem atuais como nunca, e sua vida já virou musical, documentário e até filme. Nada mais merecido, para um talento e carisma dessa potência.

Saudades do nosso eterno Síndico do Brasil!

The Music Journal The Music Journal Brazil
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