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RBD: 'Se fosse possível, cantaríamos 10 horas direto', diz Christopher Uckermann

Grupo faz show de despedida em novembro; novo lote de ingressos para São Paulo será vendido nesta quarta, 29

29 mar 2023 - 05h10
(atualizado em 30/3/2023 às 14h22)
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Aos 36 anos, Christopher Uckermann é um cantor, ator e compositor mexicano bem resolvido com a vida. Sua carreira no entretenimento começou ainda criança, mas, após ser escalado para o papel de Diego Bustamante na popular novela Rebelde, ele se destacou e se tornou famoso não só no México como em toda a América Latina e entre os mais de 30 milhões de latinos que vivem nos Estados Unidos.

RBD
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Foto: Reprodução/Instagram/@christianchavezreal / Estadão

Com parte da trama da novela, seu personagem era um dos integrantes do grupo musical RBD que, movido ao sucesso da novela, saiu da ficção e, junto aos outros membros do grupo Anahí (Mia Colucci), Dulce Maria (Roberta Pardo), Maite Perroni (Lupita Fernández). Christian Chávez (Giovanni Mendes) e Alfonso Herrera (Miguel Arango) tornaram-se um dos grupos musicais mais bem-sucedidos da história da América Latina. Com RBD, Uckermann lançou vários álbuns de sucesso e se apresentou em todo o mundo.

O grupo está de volta ao Brasil, onde fará apresentações no final do ano. Nesta quarta, 29, começa a venda para shows extras para o Rio (9 de novembro) e São Paulo (12 e 13 de novembro no Morumbi e 19 de novembro no Allianz Parque).

A venda de ingressos para essas apresentações extras também começam nesta quarta (29 de março), às 8h na internet (www.eventim.com.br) e às 10h na bilheteria do Estádio do Pacaembu.

Depois que o RBD se separou em 2009, Uckermann seguiu uma carreira solo na música. Seu primeiro álbum, Somos, foi lançado em 2010 e foi muito bem recebido pelos fãs e críticos. Com isso, continuou a lançar novas músicas ao longo dos anos e também continuou a atuar.

Neste hiato de quase 15 anos após o final da banda, cinco dos membros vão se reunir para um turnê de reencontro intitulada "Soy Rebelde Tour 2023?. Com datas marcadas para Estados Unidos, México, além do Brasil.

Em entrevista ao Estadão, Christopher Uckermann contou sobre as novas datas de shows no País, os lançamentos da discografia do grupo em vinil e o que os fãs podem esperar desta nova turnê.

"Acho que os fãs do RBD, comparado com outros grupos, têm uma conexão muito forte criada ao longo dos anos. Eles estavam aqui e nós sabemos. Será um show muito honesto e muito genuíno", disse ele. Leia a entrevista feita por Zoom.

Para você, como foi a decisão de promover esse reencontro do RBD?

Tomou muito tempo para conseguir confirmar esse reencontro. Foram muitos anos, e não foi nada fácil porque cada integrante tem seus projetos, e foi tão grande o que vivemos. Alguns não queriam, não por questão do projeto, mas por falta de tempo, convívio com família e alguns até sentíamos que já tínhamos encerrado o ciclo. Mas depois, algo aconteceu com a energia da gente, pois descobrimos que queríamos muito. No fim, pensamos: por que não fazemos essa turnê de reencontro em todos os países possíveis e encerramos de vez?. Depois de tantos anos desejando, o universo conseguiu fazer com que tudo se encaixasse e agora estamos muito felizes em poder estar no Brasil novamente.

O que os fãs podem esperar de novidade nesses novos shows?

Bom, antes de tudo, estamos vendo o que escrevem nossos seguidores em nossas páginas. Por questão de segurança, logística e contrato, temos de movimentar toda a equipe de um lado para outro, mas estamos muito felizes em divulgar essas novas datas para o Brasil. Queremos muito ver todos os fãs possíveis, agora sim, numa última vez, ou, caso contrário, chegaremos aos 50 anos e não vamos poder fazer esse reencontro.

O tempo passou, você e os outros integrantes do RBD mudaram. O que é mais difícil em voltar aos palcos nesta nova ocasião?

Bem, olhe, há uma evolução musical e também uma evolução pessoal. Talvez no passado o RBD tivesse mais dificuldade para aproveitar seu momento. Agora temos mais liberdade e maturidade, para realmente gostarmos das pessoas, para realmente viver o presente plenamente. Quando se é jovem, muitas coisas acontecem e a gente descobre ser imaturo em um processo de experimentação. Atualmente, algumas das meninas já têm filhos, uma família, é uma perspectiva muito diferente em tudo.

Como acredita que os fãs, em especial os brasileiros, vão receber essas novidades? Turnê, vinis…

O Brasil sempre foi um dos países que mais nos apoiaram. Posso dizer pelos outros também, temos uma ligação muito especial e essas novas datas são como dizemos no México: "Estamos tirando a casa pela janela!". Queremos dar tudo para os fãs, é nossa última vez, obviamente queremos que todos os fãs estejam conosco e cantem as músicas, porque para nós será algo emocionante e especial. Até porque acredito que será a última vez que vamos estar aí. Então, não acho que voltaremos como grupo. Essas novas datas, portanto, vão valer a pena porque muitas pessoas nos escreveram dizendo que não conseguiram comprar os ingressos e, mesmo que fiquemos cansados de viajar de um lado para outro, sei que vai valer a pena estar com vocês.

Sei que a música sempre esteve presente na sua vida, mesmo antes da novela ou do próprio RBD, mas na reunião do RBD vocês vão apresentar suas canções da carreira solo?

Isso será surpresa. O que posso dizer é que vamos cantar todos os hits e os temas mais conhecidos de RBD e depois podemos voltar com nossos projetos solo. Claro, nós gostaríamos de cantar 10 horas direto se fosse possível, mas posso te assegurar que os fãs vão escutar todos os hits do RBD e algo mais!

Como é para você estar de volta em uma turnê tão grande, que envolve tantas pessoas tanto em público como atrás dos palcos? Como está se sentindo com isso?

Senti saudades de palcos desta magnitude. Em um show solo, também é especial, mas menos pessoas vão ouvir a minha música. Agora, estar em palcos deste tamanho, com uma organização tão grande, com muitos músicos ao lado e ainda estar envolvido em todo o processo criativo (sempre gostei de estar envolvido com a parte criativa), enfim, ensaiar todas as composições do RBD e ainda colaborar com muitos compositores para poder criar, tudo isso é muito mágico. Como não tenho filhos, estou me dedicando integralmente ao grupo. Claro, estamos todos envolvidos no projeto, mas o que posso dizer da nossa parte é que estamos muito animados, muito emocionados. Provavelmente muitos vão chorar no primeiro show. Poder sentir a energia de tantas pessoas nos estádios e arenas é algo muito difícil de explicar, mas é um sentimento muito bom.

Algo muito especial está para acontecer, o RBD vendeu muitos CDs, mas agora está prestes a lançar seus álbuns em LPs. Como você vê essa mudança de sonoridade para os vinis?

Sempre gostei muito de tudo que é analógico, gosto da era da tecnologia, poder escutar qualquer música em qualquer lugar, mas gosto de ter um vinil e poder escutar o som que é muito natural.

Diante de tamanha demanda nas redes sociais, qual foi o maior empecilho para anunciarem novas datas no Brasil?

Tivemos que mudar as datas, e claro que muitas pessoas falaram pelas redes sociais. Mas é preciso que todos entendam que não é culpa de ninguém, isso aconteceu para fosse possível ter mais datas. Nossa prioridade é a segurança, depois a logística para trocar os estádios e queríamos atender o maior número de pessoas, e entender que o grupo precisou se sacrificar porque teremos uma apresentação atrás da outra, é muito desgastante, mas o que queremos é estar com os fãs - se pudéssemos, abríamos muito mais datas.

Acredito que agora todos os integrantes tenham mais poder de decisão sobre a construção deste novo show, então, o que podemos esperar de novidade nos figurinos ou cenários?

Vai ser um concerto único, mais original e muito mais nosso e da equipe criativa que está por trás também. Será um show muito honesto, muito genuíno e será espetacular!

Estadão
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