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"Não sabíamos se a banda voltaria", diz baixista do Killswitch Engage

Atração do Monsters of Rock, quinteto norte-americano fala sobre retorno de vocalista e turbulências passadas pela banda

19 out 2013 - 15h28
(atualizado às 15h28)
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O baixista Mike D'Antonio, durante show de 2013 do Killswitch Engage
O baixista Mike D'Antonio, durante show de 2013 do Killswitch Engage
Foto: Getty Images

Ao lado de nomes como Slipknot, Korn, Hatebreed e Gojira, o Killswitch Engage sobe ao palco do Monsters of Rock 2013, em São Paulo, neste sábado (19). O quinteto de Massachusetts, Estados Unidos, tem um grande trunfo de seu lado: estabeleceu um segmento dentro do metal onde peso e melodia caminham juntos. De um lado, temos versos que são verdadeiras pancadas. Do outro, refrões fáceis de serem cantados. No entanto, a banda que se apresenta na Arena Anhembi terá uma novidade - que nem deveria ser chamada de "novidade" - no microfone: o retorno de Jesse Leach.

A volta marca o lançamento do álbum Disarm The Descent (2013), já com Leach nos vocais, e a nova fase do quinteto, que lida ainda com a saída do vocalista Howard Jones, que esteve à frente da banda durante sua fase mais popular. Jones deixou sua marca em três discos - The End of Heartache (2004),  As Daylight Dies (2006), Killswitch Engage (2009) - antes de se cansar da rotina do grupo. Em entrevista ao Terra, o baixista Mike D'Antonio foi direto ao falar sobre o período turbulento passado pelo grupo. "Difícil saber se você tem um emprego ou não. Ficamos dois anos tentando descobrir o que havia acontecido no nosso relacionamento com o Howard e ficou muito evidente que as coisas não estavam funcionando", afirmou.

Sobre o reencontro com Leach, que esteve com o Killswitch Engage nos dois primeiros álbuns da banda, Killswitch Engage (2000) e Alive or Just Breathing (2002), explicou que o processo foi "natural". "Nunca houve mágoas. Quando ele voltou, nos sentimos bem. Revigorante", disse.

Terra - São catorze anos de banda, certo?

Mike D'Antonio - Sim, faz muito tempo. Ninguém achou que a banda duraria tanto tempo.

Terra - Qual é o segredo?

Mike D'Antonio - Somos todos muito amigos. Ser verdadeiro e honesto. Estar sempre na mesma página e realmente saber quando temos algo bom. É algo como se estar casado. Você precisa estar atento em todos e saber tudo o que está acontecendo. Se uma peça do quebra-cabeça não estiver funcionando, será um problema para a banda toda.

Terra - Como estão os shows?

Mike D'Antonio - Vamos viajar agora, na quinta-feira. Estamos fora da turnê faz dois meses. É a primeira pausa desde fevereiro. É bom ficar longe da estrada, mas também é bom voltar aos shows. Estamos muito empolgados. Tenho ensaiado bastante. Estou tocando também com a banda Hatebreed. O baixista deles (Chris Beattie) caiu de uma árvore e machucou o ombro e o braço. Eles precisavam de alguém para substituí-lo por enquanto. Eu amo Hatebreed e amo tocar as músicas deles. Tem sido bem louco. Tenho tocado 45 minutos com eles, faço uma pausa de 1h30 e depois toco mais 1h com o Killswitch. Quando tudo isso terminar vou pular em uma banheira de gelo.

Terra - Assistindo a alguns vídeos dos shows no Brasil em 2009, é possível notar a surpresa de vocês no palco com a resposta do público. Foi isso mesmo?

Mike D'Antonio - Você nunca sabe o que vai acontecer quando toca em um lugar novo. Você precisa subir no palco e tocar com seu coração. O pessoal amou e isso acabou fazendo com que a banda também curtisse. É raro ver uma banda se divertindo mais que o público, mas nós gostamos disso também.

O Killswitch Engage novamente com Jesse Leach nos vocais
O Killswitch Engage novamente com Jesse Leach nos vocais
Foto: Divulgação

Terra - Sobre esse show no Monsters of Rock, vocês falaram sobre o que farão aqui?

Mike D'Antonio - Nós temos diferentes setlists que tocamos em diferentes noites. Não gostamos de ficar tocando as mesmas músicas sempre, isso é chato. Temos músicas que não tocamos há muito tempo e com certeza elas aparecerão no Brasil. Também vamos tocar hits. Vamos tocar músicas que as pessoas também querem ouvir. Não vamos entediar o pessoal só com músicas do disco novo. Vamos curtir e aproveitar.

Terra - Como está o relacionamento da banda? Como lidaram com a saída de Howard Jones e o retorno de Jesse Leach?

Mike D'Antonio - Foi de dar nos nervos. Uma fase muito estressante. Difícil saber se você tem um emprego ou não. Ficamos dois anos tentando descobrir o que havia acontecido no nosso relacionamento com o Howard e ficou muito evidente que as coisas não estavam funcionando. Foi muito difícil. É como terminar com sua namorada. Algo muito triste. Não sabíamos nem se a banda voltaria, eu só queria pegar o baixo e tocar de novo. Ficamos só tocando covers dos anos 90, voltamos um pouco no tempo na nossa influência hardcore. Isso acabou entrando no nosso álbum (Disarm the Descent) porque ele ficou brutal, lembrando muito nosso começo. Sobre Jesse, nós ficamos amigos durante o tempo todo, mesmo ele fora da banda. Ele esteve em várias bandas durante dez anos e continuo a nos ver nos shows. Nunca houve mágoas. Quando ele voltou, nos sentimos bem. Foi natural. Revigorante.

Fonte: Terra
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