'Não me vejo longe dos palcos, porque não me vejo longe da música', diz Ivete ao descartar aposentadoria
Segundo a cantora, ela não saberia o que fazer caso não fosse os palcos
Ao lançar a turnê Ivete Clareou, na noite desta terça-feira, 17, a cantora baiana descartou qualquer possibilidade de aposentadoria.
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“Eu não me vejo longe dos palcos, porque eu não me vejo longe da música”, disse Ivete Sangalo, ao relembrar os seus 32 anos de carreira.
“Faço uma conta maravilhosa: comecei a cantar profissionalmente com 21 anos, enquanto eu tenho 53. Eu tenho mais tempo vida como cantora do que sem cantar”, destacou.
A cantoria, como descreveu Ivete Sangalo, virou um lugar de alegria, curtição e diversão. “No palco, eu não trabalho. Quando eu estou cantando, eu faço qualquer coisa, eu não trabalho.”
A turnê Ivete Clareou, um projeto musical dedicado exclusivamente ao samba, começará em São Paulo (25 de outubro), passará por Belo Horizonte (1º de novembro), Rio de Janeiro (22 de novembro), Salvador (30 de novembro) e se encerrará em Porto Alegre (13 de dezembro).
“Saio do lugar onde todos me conhecem para algo novo”, afirma a rainha do axé, que ressaltou seu elo com o samba desde criança.
"[A influência do samba na minha carreira] Não foi algo consciente. Na minha casa, a música era a prioridade. Meu pai fazia questão de apresentar todos estilos, mas tinha uma preferência pelo samba", explicou.
Entre os artistas que Ivete ouviu desde cedo está Clara Nunes. "Foi uma percepção feminina mesmo. Do forte. Do poderoso. Do realizador. Do que ela tinha e permanece até hoje como legada. Daquela presença feminina. E é impecável a necessidade de ter vozes femininas num projeto como esse porque o samba é muito maternal. É muito feminino. É muito agregador. Nós mulheres sabemos agregar. Sabemos organizar. Sabemos deixar todo mundo feliz. Às vezes até abrimos mão da nossa felicidade em busca da felicidade de outros."
E será que Ivete pensa em projeto com outros estilos musicais depois do samba? "Eu adoro rock 'n 'roll. Eu sou rock 'n 'roll, mas eu não poderia gravar uma música rock 'n 'roll. Eu gosto, mas não sei. Talvez um tipo System of a Down, sabe? Eu adoro, mas eu não vou nesse tipo de coisa que eu ouvi a partir dos meus 18 anos e 19 anos. É outra pegada", argumentou.