Mulher com a pior do mundo é induzida ao coma e 'reinicia' cérebro: 'Gritava de dor'
A brasileira Carolina Arruda que enfrenta a condição conhecida como "a pior dor do mundo" passou por um novo procedimento médico muito sério; entenda
A brasileira Carolina Arruda, de 28 anos, que enfrenta a neuralgia do trigêmeo (condição conhecida como "a pior dor do mundo") passou por um novo procedimento médico na última quinta-feira (14). Após cinco cirurgias, ela foi submetida a uma sedação profunda com cetamina, espécie de "coma induzido", na tentativa de reiniciar as funções cerebrais e permitir que seu organismo volte a responder aos medicamentos.
Detalhes da sistuação
Nas redes sociais, Carolina, que é estudante de medicina veterinária, explicou que o método tem como principal objetivo dar uma pausa para o corpo e para o cérebro. "O objetivo dela [da sedação] é dar um descanso para meu corpo e para meu cérebro da quantidade de medicamentos que eu tomo, porque eu tomo muito medicamento hoje em dia, e eles já não fazem mais efeito. Então, a ideia é que meu corpo fique 'adormecido', sem medicamento, e que quando eu voltar a tomar medicamentos, talvez façam um pouco mais de efeito", relatou.
De acordo com a jovem, a decisão foi tomada após tratamentos anteriores não apresentarem mais a eficácia necessária. A sedação com cetamina, segundo os médicos, pode funcionar como uma espécie de "reinício" neurológico, reestabelecendo a sensibilidade do organismo aos fármacos utilizados no controle da doença.
Atualizações
Ainda nesta quinta, a amiga Pri Guimarães compartilhou uma atualização animadora. "Agora é oficial, saiu o boletim médico, o marido da Carol me passou aqui a atualização. Realmente foi um sucesso a cirurgia, reabasteceram a bomba que ela usa, a cirurgia deu certo. Se Deus quiser, vai ter bons resultados. É o que a gente está aqui torcendo", afirmou.
Sobre a doença
O drama de Carolina começou aos 16 anos, quando sentiu as primeiras crises de dor. Inicialmente, seus pais desconfiaram de uma possível infecção por dengue, mas os sintomas não correspondiam. "Eu sentia uma dor muito forte do lado esquerdo do meu rosto. Eu me apoiava no sofá da minha avó e gritava de dor. Esperneava, batia as pernas e chorava de tanto que doía", relembrou.
O diagnóstico só veio após ela consultar 27 especialistas diferentes. "É como se fossem facadas e choques elétricos no rosto. A dor dura de segundos a minutos, mas como são centenas de crises durante o dia, esses choques emendam um no outro e dói constantemente. As crises são tão fortes que, na maioria das vezes, eu desmaio e vomito bastante", descreveu. A neuralgia do trigêmeo é uma condição rara e extremamente dolorosa, e o tratamento, muitas vezes, exige procedimentos complexos como o que Carolina acabou de enfrentar.
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