Luana Piovani chora após desdenhar de doença grave da mãe: 'Talvez tenha sido ingrata'
Atriz Luana Piovani chora em entrevista ao Fantástico ao relembrar atitude que teve quando descobriu doença enfrentada por sua mãe
Aos 48 anos, Luana Piovani não conseguiu conter as lágrimas ao participar do quadro Pode Perguntar, do Fantástico, neste domingo (29). É que ela relembrou a luta da mãe, Francis Piovani, contra a depressão, e lamentou não ter tido maturidade para enfrentar o problema ao lado da progenitora no passado.
"A gente, por natureza, é ingrato com os filhos, porque a gente não consegue ter a dimensão do que é a maternidade, dos sacrifícios que passamos e vivemos. E eu, talvez, tenha sido ingrata com a minha mãe em alguns momentos, porque ainda não era mãe", iniciou a atriz.
E completou: "Eu me lembro da minha mãe com depressão e eu sentada com ela falando: 'Mas, mãe, a sua vida é tão boa!'. E a minha mãe, frágil, olhou para mim e falou: 'Minha filha, mas eu não consigo sentir essa felicidade, mesmo racionalmente, sabendo dela'".
Apesar do arrependimento, Luana Piovani comemorou a boa relação que mantém com a mãe atualmente: "Hoje eu entendo que depressão não tem nada a ver com tristeza, depressão é doença, assim como diabete. Então, foi difícil, mas hoje, graças a Deus, ela está bem e nós temos uma relação maravilhosa".
No bate-papo com os entrevistadores, a atriz também falou sobre o abandono que sofreu do pai biológico, Cassiano Leite, aos dois anos, quando foi adotada por Valter Francis, seu padrasto. "Com dois anos, meus pais se separaram, e o meu pai biológico desapareceu. Sete meses depois, a minha mãe conheceu o meu padrasto. A minha mãe trabalhava loucamente num banco, ele me dava comida, banho porque minha mãe não tinha chegado do banco. E o meu pai biológico, que tinha se casado com outra mulher, já tinha tido mais três filhos, e não queria pagar a pensão".
"Um dia, acho que tinha uns nove anos, teve uma audiência, e o advogado da minha mãe falou: 'já que não quer pagar a pensão, a gente sugere para ele abrir a mão do pátrio-poder'. Imediatamente, ele aceitou. No que ele sai da minha certidão de nascimento, o meu pai, que a vida toda me criou, entra e me adota. Cada vez que o meu pai vinha me visitar com os meus irmãos e com a esposa nova, ele ia embora com aquelas crianças, eu chorava. E me perguntava: 'Por que eu nunca estou nesse colo?' Começo a me relacionar com homens e tenho esse medo de ser abandonada", recorda a loira.