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França presta últimas homenagens a Charles Aznavour

5 out 2018 - 13h08
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Cantor, compositor e ator é celebrado com honrarias por autoridades francesas e armênias durante cerimônia em Paris. "Na França, os poetas nunca morrem", afirma presidente Emmanuel Macron.A França prestou nesta sexta-feira (05/10) homenagens ao cantor, compositor e ator Charles Aznavour, morto no início desta semana, com honrarias normalmente dedicadas a heróis nacionais.

Macron participa de cerimônia em homenagem a Charles Aznavour no Palácio dos Inválidos
Macron participa de cerimônia em homenagem a Charles Aznavour no Palácio dos Inválidos
Foto: DW / Deutsche Welle

Considerado um dos grandes artistas franceses do século 20, o filho de imigrantes foi celebrado por suas duas pátrias, França e Armênia, numa cerimônia em Paris.

Aznavour ainda realizava tournées aos 94 anos. Ele morreu na segunda feira, pouco depois de uma apresentação no Japão, e tinhas shows marcados em Bruxelas e Paris no próximo mês.

A cerimônia no Palácio dos Inválidos, um museu de guerra no centro de Paris, começou com o caixão de Aznavour coberto pela bandeira da França sendo carregado por soldados para dentro do pátio do edifício, enquanto a canção armênia Die Yaman era tocada.

O presidente da França, Emmanuel Macron, lembrou as origens armênias do artista e o elogiou pela lealdade às suas raízes.

"Este filho de imigrantes gregos e armênios, que nunca terminou a escola secundária, sabia instintivamente que nosso mais sagrado santuário é a língua francesa", disse o presidente, acrescentando que, na França, "os poetas nunca morrem".

"Charles Aznavour se tornou naturalmente, de modo unânime, um dos rostos da França", disse Macron, durante a cerimônia que contou com a presença do presidente armênio, Armen Sarkissian, e dos ex-presidentes franceses François Hollande e Nicolas Sarkozy.

Aznavour nasceu em Paris no dia 22 de maio de 1924 com o nome de Shahnour Varinag Aznavourian. Sua família escapou do colapso do Império Otomano com o fim da Primeira Guerra Mundial e fugiu para a França.

Durante a ocupação nazista, a família abrigou judeus e armênios. Os Anznavourian chegaram a receber homenagens em Israel por sua bravura.

Em sua carreira se sete décadas, Aznavour vendeu mais de 180 milhões de discos em 80 países e gravou mais de 1.300 canções, além de atuar em mais de 60 filmes.

Ele será enterrado neste sábado em cerimônia privada, de acordo com a vontade da família.

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