Velório de ator Francisco Cuoco será aberto ao público em São Paulo
Cerimônia de despedida ao ator acontece nesta sexta-feira, 20
Francisco Cuoco, ator consagrado na TV brasileira, faleceu aos 91 anos; seu velório será público em São Paulo nesta sexta-feira, 20, e o enterro restrito a familiares e amigos.
O velório do ator Francisco Cuoco será aberto ao público, nesta sexta-feira, 20, das 7h às 15h, no Funeral Home, no bairro de Bela Vista, em São Paulo. O enterro será restrito a familiares e amigos. A informação foi confirmada em comunicado da TV Globo.
O ator, que morreu aos 91 anos nesta quinta-feira, 19, por falência múltipla dos órgãos, ficou conhecido por interpretar papéis marcantes como o taxista Carlão de ‘Pecado Capital’ (1975), o mago Herculano Quintanilha de ‘O Astro’ (1975), e Tiradentes, de ‘Saramandaia’ (1976), além de Cristiano Vilhena da primeira versão da novela ‘Selva de Pedra’ (1972).
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Consagrado como um dos maiores galãs e protagonistas da TV brasileira, a partida do ator causou comoção entre fãs e artistas.
Famosos como Miguel Falabella, Marcelo Serrado e Ana Maria Braga lamentaram a morte do artista. O vice-presidente, Geraldo Alckmin, também se pronunciou e prestou uma homenagem a Cuoco.
A trajetória do ator
Nascido na cidade de São Paulo no dia 29 de novembro de 1933, Cuoco chegou a cursar Direito antes de ingressar na Escola de Arte Dramática de São Paulo.
Ainda criança, no tradicional bairro do Brás, em São Paulo, encantou-se com a instalação de um circo no terreno baldio em frente ao sobrado onde morava com os pais, Antonieta e Leopoldo, e a irmã, Grácia.
Era ali que, vez por outra, um picadeiro surgia diante dos olhos do menino. "Era um universo que me fascinava", afirmava. E bastava o circo partir para ele atravessar a rua e fazer daquele quintal o seu palco. O ingresso era um botão de futebol de mesa.
Sem concluir o curso de Direito, passou pelo Teatro Brasileiro de Comédia e pelo Teatro dos Sete até chegar à TV Tupi. Em 1966, atuou em 'Redenção', na pele do médico Fernando Silveira. A trama teve quase 600 capítulos.
Na TV Globo, estreou em 1970, em 'Assim na Terra Como no Céu', como padre Vitor. Em 1987, protagonizou 'O Outro'. Na década seguinte, foi visto em novelas como 'Tropicaliente' (1994) e 'Quem é Você?' (1996).
Cuoco, nos anos seguintes, atuou em 'O Clone' (2001), 'América' (2005), 'A Vida da Gente' (2011), 'Sol Nascente' (2016) e 'Segundo Sol' (2018). Em 2011, quando o remake de 'O Astro' foi feito, interpretou o misterioso Ferragus e acompanhou de perto o trabalho de Rodrigo Lombardi, que encarnou seu personagem icônico Herculano Quintanilha.
Esteve também em minisséries, seriados e programas especiais, como 'Sai de Baixo' (2001) e 'A Grande Família' (2004).
A partir de 1999, Cuoco reduziu o ritmo das novelas e iniciou um namoro com a sétima arte. Participou de filmes como 'Traição', de José Henrique Fonseca e Arthur Fontes; 'Gêmeas', de Andrucha Waddington; 'Um Anjo Trapalhão', de Alexandre Boury e Marcelo Travesso; e 'Cafundó', de Clóvis Bueno e Paulo Betti. Seu último filme foi 'Real Beleza', de Jorge Furtado, em 2015.
A volta ao teatro aconteceu em 2005, depois de mais de 20 anos de dedicação praticamente exclusiva à TV. Em 'Três Homens Baixos', dividiu o palco com Gracindo Jr. e Chico Tenreiro. Outra paixão de Francisco Cuoco era a música. Gravou o disco romântico 'Soleado' (1975) e o CD 'Paz Interior', uma reunião de 16 orações católicas.
Em homenagem ao ator, a TV Globo reexibe hoje o 'Tributo ao Francisco Cuoco', logo depois do 'Jornal da Globo'. Em função disso, o 'Conversa com Bial' não irá ao ar.