Filho de feirante e galã da TV, relembre a trajetória do ator Francisco Cuoco
Protagonista de clássicos da teledramaturgia, ator morreu nesta quinta-feira, aos 91 anos
Francisco Cuoco foi um dos maiores atores, além de galã, da televisão brasileira. O ator, que morreu nesta quinta-feira, 19, aos 91 anos, foi protagonista de clássicos da teledramaturgia como: Pecado Capital (1975), O Astro (1977) e O Sétimo Sentido (1982).
Com uma trajetória de mais de 60 anos, o famoso participou de dezenas de produções e, na última década, fazia participações especiais em projetos audiovisuais.
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Nascido em uma família humilde do bairro do Brás, em São Paulo, filho do feirante italiano Leopoldo e da dona de casa Antonieta, Francisco Cuoco dividia na infância seu tempo entre ajudar o pai na feira e se encantar com os circos mambembes que se instalavam no terreno baldio próximo à sua casa.
O menino que sonhava com o cinema e fazia pequenas encenações acabou trocando o curso de Direito pela Escola de Arte Dramática de São Paulo, onde se formou após quatro anos de estudos. Talentoso, a sua carreira decolou nos palcos do Teatro Brasileiro de Comédia e do Teatro dos Sete, onde interpretou clássicos como O Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues.
Com muito trabalho, o reconhecimento de Cuoco veio em 1964, quando recebeu o prêmio de melhor ator coadjuvante concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte por sua atuação em Boeing-Boeing. Com tanto talento, a transição para a televisão era natural e ocorreu no Grande Teatro Tupi, onde protagonizou peças de prestígio antes de se tornar um dos maiores galãs da dramaturgia brasileira.
Na TV, Cuoco construiu uma carreira repleta de personagens marcantes: desde o taxista Carlão em Pecado Capital (1975) até a Roque Santeiro na versão censurada da novela em 1975."
O ator também formou uma das duplas mais populares da televisão brasileira ao lado de Regina Duarte em produções como Selva de Pedra (1972) e O Sétimo Sentido (1982). Apesar de menos atuante no cinema -- área que sempre sonhou em explorar --, deixou sua marca em filmes como Cafundó (2005), ao lado de Lázaro Ramos.