Há 78 anos, em 9/8/1945, uma bomba atômica, conhecida como Fat Man, foi lançada sobre Nagasaki, no Japão, matando cerca de 80 mil pessoas durante a Segunda Guerra Mundial.
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Três dias antes, Hiroshima já havia sido bombardeada, ficando com cerca de 166 mil mortos.
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Com as duas explosões que causaram uma tragédia de dimensões inéditas, o Japão se rendeu, no dia 14/8.
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A rendição oficial foi em 14/9. Na foto, o Ministro das Relações Exteriores do Japão Mamoru Shigemitsu assina a Ata de rendição do país no USS Missouri sendo visto por Richard K. Sutherland, oficial do Exército dos EUA.
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O filme “Oppenheimer” é um dos maiores sucessos de 2023 e mostra, justamente, a trajetória do cientista que liderou a equipe na criação do artefato destruidor.
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O longa, que conta a história de J. Robert Oppenheimer, físico americano e inventor da bomba atômica, contou com 94% de aprovação no site de críticas Rotten Tomatoes. E alcançou US$ 953 milhões em bilheteria.
"Oppenheimer" lidera a lista dos candidatos com mais indicações ao Oscar 2024. O filme concorre em nada menos que 13 categorias. A cerimônia será em 10/3
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O filme mostra que Oppenheimer enfrentou dilemas éticos em relação ao projeto, pois, embora sua intenção fosse fazer os EUA ficar à frente da Alemanha nazista (que também estava dsenvolvendo o explosivo), o resultado foi catastrófico para milhares de famílias.
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A bomba atômica é uma arma que libera uma volume gigantesco de energia e, por isso, o seu poder é devastador. Além de matar milhares imediatamente de uma só vez, a bomba causa sequelas capazes de provocar novas mortes, em grande quantidade, nos anos posteriores.
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Ela funciona com o processo de reação nuclear de fissão dos átomos, que, mesmo com uma pequena quantidade de matéria, permite uma forte liberação de energia.
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As bombas nucleares agem de forma semelhante às bombas usuais. Mas um dos elementos utilizados na composição as diferencia: o nêutron
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Urânio-235 e plutônio-239 são os principais componentes de uma bomba. A bomba nuclear funciona pelo princípio da divisão de um átomo instável (nêutron) pelo bombardeamento de partículas. Isso desencadeia a fissão nuclear dos outros átomos presentes.
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O poder de destruição da arma é medido em quiloton, que equivale à explosão de 1000 toneladas de dinamite, ou megaton, referente a 1 milhão de toneladas.
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A pesquisa sobre a bomba atômica nos Estados Unidos começou após um alerta de Albert Einstein e Leo Szilard, dois físicos importantíssimos do século XX, ao presidente do país, Franklin Delano Roosevelt.
Eles alertavam sobre o potencial militar da descoberta da divisão do átomo e a possibilidade de a Alemanha nazista desenvolver uma bomba atômica.
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A pesquisa sobre a arma na Alemanha começou em 1939, mas, por conta das urgências da guerra, o regime nazista não priorizou as investigações e o projeto nunca saiu do papel.
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Os Estados Unidos entraram na guerra em 1941, e, a partir daí, o presidente Franklin Roosevelt ordenou que o projeto de desenvolvimento da bomba fosse acelerado.
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Assim surgiu o Projeto Manhattan, comandado pelo físico Julius Robert Oppenheimer e pelo general Leslie R. Groves.
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Em maio de 1945, a Alemanha já havia se rendido, mas o Japão, um dos seus principais aliados, continuou a luta por mais alguns meses.
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A primeira explosão foi chamada de “Trinity”, um teste realizado pelos EUA na base de Alamogordo, a 193 km de Albuquerque. Esta é uma das poucas fotos coloridas da explosão.
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Oppenheimer acreditava que a bomba seria usada apenas para persuasão, e que nunca viria a ser detonada. Os acontecimentos destruíram o psicológico do físico, e isso é muito bem destacado no filme.
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A resistência japonesa levou à decisão dos EUA de soltarem bombas nucleares matando milhares de civis.
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A ordem foi dada pelo então presidente americano Harry Truman, interpretado no filme pelo ator Gary Oldman (foto) .
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A bomba foi lançada sobre o Japão de um avião chamado Enola Gay e a foto mostra o piloto Paul Tibbets pouco antes da decolagem.
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Muito se discutiu sobre a culpa de quem jogou a bomba (cumpriu ordem que mataria milhares de forma sofrida). Paul Tibbets viveu por mais de sessenta anos após Hiroshima. Morreu em casa, no estado de Ohio, em 1/11/ 2007, aos 92 anos.
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O presidente Harry Truman, que ordenou o ataque, disse à tripulação, após o retorno aos Estados Unidos: "Não percam o sono por terem cumprido essa missão; a decisão foi minha, vocês não podiam escolher".