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Morre aos 70 anos o cineasta Héctor Babenco

Argentino radicado no Brasil fez sucessos como 'O Beijo da Mulher-Aranha', filme rendeu Oscar de melhor ator a William Hurt, e 'Carandiru'

14 jul 2016 - 09h16
(atualizado às 10h50)
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O cineasta argentino-brasileiro Héctor Babenco morreu na noite dessa quarta-feira (13), confirmou sua ex-mulher, Raquel Arnaud. Aos 70 anos de idade, ele sofreu uma parada cardíaca em casa.

Héctor Babenco na pré-estreia do seu último filme, Meu amigo Hindu
Héctor Babenco na pré-estreia do seu último filme, Meu amigo Hindu
Foto: Felipe Assunpcao/AgNews

Nascido em Mar del Plata, na Argentina, Babenco vivia no Brasil desde os 19 anos de idade e se naturalizou brasileiro em 1977. Sua estreia no cinema foi em 1973, com o documentário O Fabuloso Fittipaldi. Quatro anos depois, lançaria seu primeiro sucesso de público: Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia, visto por 5,4 milhões de espectadores.

Na foto, o diretor Hector Babenco com a atriz americana Daryl Hannah durante a estréia de 'Carandiru' na abertura do Festival Internacional de Cinema de Anistia, em 12 de maio de 2004, na Directors Guild of America, em West Hollywood, Califórnia.
Na foto, o diretor Hector Babenco com a atriz americana Daryl Hannah durante a estréia de 'Carandiru' na abertura do Festival Internacional de Cinema de Anistia, em 12 de maio de 2004, na Directors Guild of America, em West Hollywood, Califórnia.
Foto: Frederick M. Brown / Getty Images

Em 1981, Babenco lançou Pixote - A Lei do Mais Fraco, filme indicado a Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro, e em 1985 comandou O Beijo da Mulher-Aranha, coprodução entre Brasil e Estados Unidos que rendeu o Oscar de melhor ator a  William Hurt e ainda recebeu outras três indicações, nas categorias de filme, direção e roteiro adaptado.

O sucesso de O Beijo da Mulher-Aranha levou Babenco a Hollywood, onde dirigiu Ironweed (com Jack Nicholson e Meryl Streep) e Brincando nos Campos do Senhor (com  John Lithgow e Daryl Hannah).

Retrato do ator Rodrigo Santoro, do médico Drauzio Varella e de Hector Babenco, produtor do filme "Carandiru", posam para foto no Sundance Film Festival 2004, em Utah (Estados Unidos).
Retrato do ator Rodrigo Santoro, do médico Drauzio Varella e de Hector Babenco, produtor do filme "Carandiru", posam para foto no Sundance Film Festival 2004, em Utah (Estados Unidos).
Foto: Carlo Allegri / Getty Images

Coração Iluminado, seu filme seguinte, marcou o reencontro com a Argentina, antes de um novo sucesso de público no cinema brasileiro: Carandiru, de 2003, que é baseado no livro Estação Carandiru, de Drauzio Varella, que aborda o cotidiano na extinta Casa de Detenção de São Paulo antes e durante o massacre de 1992. O filme chegou ao disputado Festival de Cannes.

Drauzio Varella, Hector Babenco e Rodrigo Santoro em ensaio fotográfico do filme "Carandiru" no Sundance Film Festival 2004, em Utah (Estados Unidos).
Drauzio Varella, Hector Babenco e Rodrigo Santoro em ensaio fotográfico do filme "Carandiru" no Sundance Film Festival 2004, em Utah (Estados Unidos).
Foto: Getty Images

O último longa do cineasta, Meu Amigo Hindu, foi lançado em março deste ano. Nele, Babenco recria a própria luta contra um câncer no sistema linfático, que durou oito anos.

Hector Babenco durante o 71º Festival de Veneza em 30 de agosto de 2014.
Hector Babenco durante o 71º Festival de Veneza em 30 de agosto de 2014.
Foto: Pascal Le Segretain / Getty Images
Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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