Jim Caviezel: Quem é o ator americano que interpreta Bolsonaro no filme 'Dark Horse'?
Ator de 'A Paixão de Cristo' e 'Além da Linha Vermelha' é conhecido por discursos alinhados ao QAnon; primeira foto dele caracterizado é divulgada
Jim Caviezel está oficialmente confirmado como intérprete de Jair Bolsonaro nos cinemas em Dark Horse. A produção, que vai revisitar a campanha presidencial de 2018 e a trajetória do ex-presidente, deve estrear em 2026.
No último domingo, 7, foram divulgadas as primeiras imagens de Caviezel caracterizado como Bolsonaro. O ator americano de 57 anos alcançou fama internacional ao interpretar Jesus em A Paixão de Cristo (2004), mas está fora da sequência do filme, A Ressurreição de Cristo, também com estreia prevista para o próximo ano.
Trabalhos de Jim Caviezel
Em 2023, Caviezel voltou aos holofotes como o protagonista Tim Ballard em Som da Liberdade (2023), filme sobre tráfico de crianças baseado em uma história real.
No cinema, ele também atuou em produções como Além da Linha Vermelha (1998), O Conde de Monte Cristo (2002), Déjà Vu (2006) e Outlander - Guerreiro vs Predador (2008).
Na televisão, ele conquistou popularidade com a série Pessoa de Interesse (2011-2016).
Discursos de extrema-direita
Jim Caviezel
Can we be so different after all these years?
We jogged together, we played basketball together, we worked together in Film & TV.
NOW I'm a henchman in Lucifers Army? Your words are dangerous & filled with hate.????
What happened my friend?pic.twitter.com/i49DcO52Va
— KID VICIOUS (@kirkacevedo) October 25, 2021
Nos últimos anos, Jim Caviezel passou a se destacar menos pelos trabalhos no cinema e mais pela aproximação com discursos e eventos ligados ao QAnon, movimento conspiratório da extrema-direita norte-americana.
O ator já discursou para plateias simpáticas ao grupo e também esteve presente em encontros como a Health and Freedom Conference e a Patriot Roundup, ocasiões nas quais endossou narrativas que retratam uma suposta elite global envolvida em sequestro de crianças e outras práticas sem qualquer base verificável.
Caviezel se tornou uma figura frequente nesses ambientes, repetindo afirmações amplamente desmentidas, como a existência de milhões de crianças desaparecidas por ano e a atuação de uma "cabala satânica" que controlaria estruturas políticas, econômicas e midiáticas.
Em outras ocasiões, o ator ainda classificou as vacinas contra a Covid-19 como uma "terapia genética", chegando a dizer que fariam parte de um plano de despovoamento.