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Elenco de 'Turma da Mônica Jovem' rebate críticas negativas: 'Crescemos mais com isso'

'Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo' traz Sophia Valverde como Mônica e dá início a uma nova quadrilogia da turminha nas telonas.

18 jan 2024 - 05h00
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Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo
Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo
Foto: Laura Campanella/Divulgação

É hora de conhecer uma nova Turma da Mônica. Sob o comando de Maurício Eça, chega aos cinemas hoje 'Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo'. Adaptado das HQs que mostram a turminha já na fase adolescente, o filme usa a fantasia e a magia como porta de entrada para debater as mudanças que ocorrem nessa fase da vida, e mostrar que, ainda que diferentes, eles são os mesmos amigos que já conhecemos há décadas.

'Reflexos do Medo' é o início de uma quadrilogia que mostrará os cinco amigos —Mônica (Sophia Valverde), Magali (Bianca Paiva), Milena (Carol Roberto), Cebola (Xande Valois) e Cascão (Théo Salomão)— investigando mistérios que assombram o bairro do Limoeiro. Neste primeiro filme, eles descobrem logo no primeiro dia de aula do ensino médio que o Museu do Limoeiro será leiloado, e decidem se unir para tentar salvá-lo. Na investigação, se deparam com segredos antigos que envolvem a centenária Ordem dos Cozinheiros, e percebem que estão lidando com uma ameaça maior do que imaginavam. 

Medo dentro e fora das telas

Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo
Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo
Foto: Laura Campanella/Divulgação

As inevitáveis comparações com o elenco da Turma da Mônica clássica, dos filmes e da série de Daniel Rezende, antecedeu (e muito) a chegada do novo longa ao cinema. Desde que o atual elenco foi anunciado, não faltaram comentários e críticas, umas construtivas e outras nem tanto, à mudança de atores. 

Nos bastidores, a situação foi contornada por eles mesmos ao seu próprio modo. Bianca Paiva, por exemplo, revela que era ela quem policiava os colegas para que evitassem ficar nas redes sociais vendo comentários negativos, embora todos eles sejam tão apegados aos celulares como manda a geração. 

"Eu estou sempre aberta a ouvir a crítica construtiva", explica Paiva. "É importante a gente entender o que as pessoas têm a dizer. Só que, em determinado momento na preparação, não era a energia que a gente precisava. A expectativa é a mais alta possível, eu estou realizada. É a primeira vez que me vejo nas telonas, então é muito especial."

Carol Roberto completa: "Eu quero perguntar tudo para todos os críticos, mas também acho que é importante a gente se blindar um pouco, porque as pessoas não podem moldar a gente do jeito que elas querem."

Resguardar o elenco de comentários nocivos, é claro, não evita que a apreensão tome conta, sobretudo com a chegada do momento em que o público enfim verá o resultado. Neste sentido, os atores julgam que é importante que os espectadores vejam que se trata de um novo capítulo de uma saga cinematográfica que continua em expansão. Por mais que os personagens sejam os mesmos, as diferenças estruturais passam também pela personalidade de cada um. 

"Eu estudei bastante para dar o melhor no Cascão, que os fãs e todo mundo que vai ver merece", declara Théo Salomão. "Não são personagens sobre quem se pode criar muita coisa, porque eles já existem. Podemos colocar nossos próprios traços, mas respeitando o que já está escrito."

Xande Valois concorda. "Por mais que a produção e a direção tenham o cuidado para sermos o mais fiéis possível, cada ator tem o seu toque. O Maumau [Maurício Eça, diretor] foi fundamental, porque ele conseguiu equilibrar essa fidelidade com essa liberdade de criação. Então foi um privilégio poder pegar todas as informações dos mangás e juntar com a nossa própria pegada."

Para Eça, recém-saído da trilogia de filmes sobre Suzane von Richthofen, o estranhamento é natural. "As pessoas sempre imaginaram alguma coisa sobre a Turma da Mônica, cada um tem algo na cabeça. Então, é natural uma expectativa a mais ou a menos. Mas o importante está ali, é uma temática universal. Problemas de jovem todo mundo já passou, né?"

Sabichona, mais brava e em clima de romance

Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo
Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo
Foto: Laura Campanella/Divulgação

Sophia Valverde não esconde que sente orgulho do projeto, apesar de ter sido a mais atingida pelas comparações com Giulia Benite. 

"Era uma pressão, mas era muita felicidade fazer esse papel tão importante para várias pessoas", confessa. "Claro que recebemos hate, mas é um novo elenco, uma história diferente. Com a ajuda da produção, da direção e dos meus amigos de elenco eu consegui criar mais confiança. Acho que a gente cresceu muito mais com esses comentários."

Na trama, o temperamento explosivo de Mônica volta ao centro da trama, e é o traço de sua personalidade que a coloca em problemas e conflitos com outros personagens. No entanto, ela encontra refúgio no crescente de sua conexão com Cebola (e no romance que, aqui, começa a ser trabalhado com mais dedicação).

"Acho que o pessoal vai ficar bastante animado e curioso com o que vai acontecer nos próximos três filmes", explica a atriz. "Esse filme mostra mais a pureza deles começando a se entender. O amor e o ódio andam lado a lado, e eles meio que não se gostavam muito, mas vão crescendo e percebendo que, talvez, possam ser um casal. Talvez eles se gostem. Mas a gente sempre tem aquele negócio de ir crescendo e ficando com medo. Trabalhamos isso muito bem na preparação, e fomos construindo na convivência."

"É engraçado porque, há tempos, era a gente que shippava esse casal", completa Xande. "E hoje poder dar vida a tudo isso é algo diferenciado. Falando pelo Cebola, a gente vê de fato os reflexos do medo. Ele é uma pessoa que, a todo momento, consegue tirar uma carta da manga para ajudar os amigos. Mas o seu verdadeiro medo ele é incapaz de externalizar. Tem uns vídeos da preparação que até hoje, quando vejo, me emociono."

Grito de resistência

Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo
Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo
Foto: Artur Medina/Divulgação

A novata do grupo, Milena Sustenido foi apresentada nos gibis da Turma da Mônica em 2018, e agora faz parte do grupo principal junto aos outros quatro. Em declaração emocionada, Carol Roberto categoriza a personagem, e sua presença cada vez maior na turminha, como um grito de resistência.

"É meu primeiro filme para cinema, acho que estreei com o pé direito", ri. "É um peso muito grande para uma menina, para a Carol que quando era mais nova não tinha referência de princesa, de personagem, de Barbie. Ver a Milena tomando esse espaço aos pouquinhos é um grito de resistência. Agora as pessoas vão conhecer uma obra brasileira, e ela sendo a protagonista, vão conhecer a Milena. Então existe amor. A gente faz isso por amor. Não tenho palavras para explicar essa personagem", emociona-se. 

Para a atriz, o grande triunfo é ver Milena evoluindo e passando pelos mesmos dilemas que o restante da turminha. 

"A Milena tem características muto fortes e é uma personagem tão complexa quanto a Mônica, a Magali e todos eles. Muitas pessoas a rotulam como a filha da veterinária. Na Turma da Mônica clássica, a Mi é a personagem mais inteligente, ama animais e tem uma família de músicos. Na Turma da Mônica Jovem ela já se apaixona mais por ciência e tem como referência a avó. Na preparação, descobri que a Milena é o elo de amor dessa turma. A Mônica está na linha de frente, mas a Milena une a turma. Ela não mede esforços pelos amigos."

'Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo' estreia hoje, com 800 cópias em todo o circuito nacional. O elenco tem ainda Mateus Solano, Maria Bopp e Júlia Rabello. O roteiro é de Sabrina Garcia, Rodrigo Goulart e Regina Negrini, com colaboração de Antônio Arruda, Victor Michels, Bruna Boeing e Tiago Cunha. A produção é da Bronze Filmes e coprodução da Mauricio de Sousa Produções (MSP), Rubi Produtora como produtora associada, e distribuição da Imagem Filmes. 

Fonte: Redação Entre Telas
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