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'Colonização Algorítmica': Raphael Pasqual alerta para como o Brasil pode desperdiçar potencial trilionário e virar um dependente tecnológico: 'sem ação urgente, o País pode virar colônia digital'

2 set 2025 - 19h27
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Advogado e empresário descreve riscos do Brasil ceder minerais valiosos, mas não conseguir explorar seu potencial econômico beneficiando itens que o mundo inteiro quer

Advogado é autor do artigo "Brasil 2027: A Guerra Silenciosa pela Soberania Digital" onde disserta sobre a teoria da "Soberania Híbrida", criada por ele
Advogado é autor do artigo "Brasil 2027: A Guerra Silenciosa pela Soberania Digital" onde disserta sobre a teoria da "Soberania Híbrida", criada por ele
Foto: Divulgação / Márcia Piovesan

O Brasil possui a segunda maior reserva de terras raras do mundo — minerais essenciais para turbinas eólicas, smartphones, carros elétricos e sistemas de defesa. Esta abundância traz à tona, entretanto, um paradoxo: exportamos 95% em estado bruto e compramos a tecnologia de volta com sobrepreço de até 400%.

A incapacidade nacional em beneficiar estes itens também causam problemas em avançar por meios de setores de tecnologia que já se tornam realidade em países como Estados Unidos e China. Mais especificamente, estas terras raras têm o poder de impulsionar, de forma colossal, empresas ligadas a mineração de terras raras com beneficiamento local, o ramo de energia limpa e infraestrutura, educação tecnológica especializada, cybersegurança nacional e startups de IA.

"É como vender trigo cru e comprar pão importado — só que infinitamente pior", alerta Raphael Parseghian Pasqual, especialista em Direito Constitucional e soberania digital.

A Guerra Invisível dos Dados

As batalhas do século XXI não usam tanques, mas algoritmos.

"Cada dado processado em servidor estrangeiro é soberania perdida. Cada tonelada de terra rara exportada bruta vira dependência tecnológica", explica Pasqual.

Hoje, 83% do processamento global de terras raras está nas mãos da China. Enquanto isso, o Brasil segue sem política industrial para o setor — exportando matéria-prima e importando tecnologia.

Por que 2027 é o prazo limite?

Analistas internacionais projetam que até 2027 a inteligência artificial alcançará capacidades transformadoras comparáveis a uma revolução industrial.

"Quem não tiver infraestrutura própria até lá será apenas espectador da revolução tecnológica", adverte o especialista.

A solução está na Lei

Para Pasqual, o problema não é a Constituição de 1988, mas a falta de regulamentação:

"A Constituição não está obsoleta — falta densidade normativa. O risco está na omissão do Congresso".

Sua proposta é uma lei complementar de soberania digital que integre minerais estratégicos, dados e infraestrutura tecnológica em marco regulatório único.

A escolha do Brasil

"O futuro não será dado — será conquistado. Ou o Brasil assume o comando da sua soberania digital e industrial, ou aceita o papel de colônia algorítmica na nova ordem mundial", conclui Pasqual.

A matemática é simples: quem controla os dados e a tecnologia, controla o poder.

Márcia Piovesan
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