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"Moonlight" rouba protagonismo de "La La Land" após erro

27 fev 2017 - 05h03
(atualizado às 07h19)
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Parecia que a noite iria consagrar "La La Land: Cantando Estações", vencedor de seis Oscars, com um epílogo "Made in Hollywood", mas após o erro histórico ao anunciar o prêmio de Melhor Filme, "Moonlight: Sob a Luz do Luar" ficou com a estatueta e roubou o protagonismo em um inesperado final.

Tudo apontava para que "La La Land", após obter os prêmios de Melhor Diretor (Damien Chazelle), Melhor Atriz (Emma Stone), Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Canção ("City of Stars"), Melhor Design de Produção e Melhor Fotografia, seria coroado como melhor filme e, de fato, assim anunciaram Warren Beatty e Faye Dunaway.

No entanto, algo não se encaixava.

Tudo apontava para que "La La Land", após obter os prêmios de Melhor Diretor (Damien Chazelle), Melhor Atriz (Emma Stone), Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Canção ("City of Stars"), Melhor Design de Produção e Melhor Fotografia, seria coroado como melhor filme e, de fato, assim anunciaram Warren Beatty e Faye Dunaway.  No entanto, algo não se encaixava.
Tudo apontava para que "La La Land", após obter os prêmios de Melhor Diretor (Damien Chazelle), Melhor Atriz (Emma Stone), Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Canção ("City of Stars"), Melhor Design de Produção e Melhor Fotografia, seria coroado como melhor filme e, de fato, assim anunciaram Warren Beatty e Faye Dunaway. No entanto, algo não se encaixava.
Foto: EFE

Notou-se no rosto do veterano ator, que ao abrir o envelope sentiu que tinha algo estranho. Entregaram a eles um envelope errado. Porém, como ninguém da Academia se pronunciou, Beatty prosseguiu e lhe passou o envelope para Faye, que leu o nome de "La Land", que aparecia junto ao de Emma Stone, justamente a premiação entregue antes, a de Melhor Atriz.

"Há um erro. 'Moonlight', você é o vencedor do Melhor Filme. Isso não é uma piada", disse Jordan Horowitz, um dos produtores de "La La Land", quando toda equipe estava no palco.

E Barry Jenkins, diretor de "Moonlight" e que já tinha vencido o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado, só teve tempo de dizer: "Para o inferno com sonhos, porque esta é a realidade".

Esse poderoso drama independente também ganhou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, com Mahershala Ali, que se tornou no primeiro intérprete muçulmano a vencer o prêmio da Academia e que foi pai pela primeira vez há quatro dias.

A noite não foi um conto de fadas que se desenhava para "La La Land", mas sim para seu diretor, Damien Chazelle, que se tornou no mais jovem da história, 32 anos e um mês, em conquistar o troféu.

"Este é um filme sobre amor e eu me apaixonei durante as filmagens. Significa tudo que você esteja comigo aqui hoje", disse Chazelle, se referindo a Olivia, sua esposa.

Emma Stone ganhou como Melhor Atriz e superou Isabelle Huppert ("Elle"), Ruth Negga ("Loving"), Natalie Portman ("Jackie") e Meryl Streep ("Florence: Quem é Essa Mulher?").

Mais tarde, em seu discurso na sala de imprensa, Stone disse que "Moonlight" é "um dos melhores filmes da história" e que a situação vivida no palco tinha sido "um dos momentos mais loucos de todos os tempos".

Já Casey Affleck conquistou o Oscar de Melhor Ator pelo drama "Manchester à Beira-Mar" e dedicou a vitória a Kenneth Lonergan, diretor do filme e vencedor da estatueta de Melhor Roteiro Original: "Sem ele, eu não estaria aqui, certamente".

Viola Davis completou os prêmios de interpretação com o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, por "Um Limite Entre Nós".

A cerimônia, de 3h45 de duração, começou com uma aparência muito colorida e juvenil com Justin Timberlake e sua canção "Can't Stop the Feeling", que colocou toda a plateia para dançar.

Durante a primeira metade da cerimônia, houve uma divisão entre os vencedores, e "La La Land" não levou sua primeira estatueta nos primeiros 100 minutos do evento.

Entre as notas mais marcantes se destaca o Oscar de Melhor Figurino, conseguido por Colleen Atwood com "Animais Fantásticos e Onde Habitam", a primeira estatueta dourada conseguida por um filme do universo "Harry Potter".

A saga original foi indicada em 14 ocasiões, mas nunca conquistou a estatueta.

Além disso, "O.J: Made in America", ganhador do Oscar de Melhor Documentário, se tornou no filme de maior duração a vencer, com 7h47.

Já o maior perdedor na história do Oscar até agora, Kevin O'Connell, quebrou a maldição e após 21 indicações conseguiu triunfar e venceu a categoria de Melhor Mixagem de Som, por "Até o Último Homem", ao lado de Andy Wright, Robert Mackenzie e Peter Grace.

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Eles são os ganhadores mais jovens dos Oscars:
EFE   
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