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Kevin Spacey retoma carreira após acusações de abuso sexual

Ator fará uma aparição no filme italiano 'L'uomo Che Disegno Dio', que será dirigido pelo veterano Franco Nero.

23 mai 2021 - 18h54
(atualizado às 18h59)
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Foto: Divulgação/Netflix / Pipoca Moderna

Kevin Spacey vai retomar sua carreira de ator, quatro anos após ser acusado de assédio e abuso sexual.

O ator fará uma aparição no filme italiano 'L'uomo Che Disegno Dio' (O homem que desenhou Deus, em tradução literal), que será dirigido pelo veterano ator Franco Nero.

"Estou muito feliz que Kevin concordou em participar do meu filme. Eu o considero um grande ator, e mal posso esperar para começar a produção", disse Nero em entrevista ao canal ABC News.

Procurado pela imprensa americana, Spacey afirmou que não vai comentar o assunto. Desde o começo do movimento #MeToo em 2017, ele foi acusado por pelo menos 20 homens de assédio e abuso sexual. Os crimes teriam acontecido entre 1995 e 2013, e algumas vítimas, como o ator Anthony Rapp ('Star Trek: Discovery'), eram menores de idade na ocasião.

O último papel de destaque de Spacey foi em 'O Clube dos Meninos Bilionários', lançado em 2018, após as denúncias. Antes disso, em 2017, o diretor Ridley Scott fez questão de refilmar 'Todo o Dinheiro do Mundo' para retirar o ator do longa, que já estava finalizado quando o escândalo estourou. Ele foi substituído por Christopher Plummer, que chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante pelo desempenho.

O ator ainda foi demitido da série 'House of Cards' e teve um filme pronto como protagonista arquivado pela Netflix. A plataforma preferiu perder o dinheiro a lançar outra obra estrelada por ele.

Mas Spacey também teve muita sorte. Dois acusadores, que abriram processo contra o ator, morreram antes do caso ir a justiça. O escritor norueguês Ari Behn, ex-marido da princesa da Noruega, cometeu suicídio no Natal de 2019, três meses após um massagista que acusava o ator falecer subitamente.

Para completar, o ator teve outro processo, movido por um rapaz que tinha 18 anos na época do assédio, retirado abruptamente na véspera de ir a julgamento.

Investigado por oficiais do Departamento de Abuso Infantil e Ofensas Sexuais de Los Angeles, ele enfrentava um total de seis denúncias criminais, mas as demais prescreveram ou não reuniram provas suficientes para ir a julgamento.

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