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Filme: AMIGAS DE COLÉGIO





De: Daniel Peccini

Depois de assistir a este filme, fiquei pensando nele vários dias. Os jovens deles até que se parecem com muitos daqui, só muda o idioma; os celulares e as marcas são as mesmas. Além de todas as qualidades que tu citaste no filme, e que eu endosso (somos 2 apaixonados pela moça), eu achei bem interessante o contraste entre as 2 meninas. Quando começa o filme, Agnes já sabe que é homossexual, enquanto Elin ainda não sabe. O desenrolar do filme acontece aí, na descoberta de Elin do que está acontecendo consigo. A educação delas também é diferente, tudo é diferente. E mesmo depois que o diretor conseguiu mostrar tantos assuntos delicados de uma maneira maravilhosa, aquela cena final (do leite com chocolate) mostra que na verdade são apenas duas crianças.

De: Gerbase

Você tem toda razão ao falar da importância das diferenças entre elas, porque um dos estereótipos da homossexualidade é a pasteurização absoluta: se for homem, é bicha louca; se for mulher, é sapatão mal-encarada. No filme, uma delas é de família "complicada" (mãe solteira; pai ausente), enquanto a outra tem uma mãe supostamente liberal e um pai bem protetor, além de um irmão típico. Aliás, senti falta de uma cena mais longa com o pai de Agnes depois que ela confessa que é homossexual. Ele, com toda a sua compreensão, saberia lidar com as preferências sexuais da filha tão amada? Mas discordo de você quando diz que "na verdade são apenas duas crianças". O drama todo é que elas estão exatamente naquela fase em que não se é mais criança, nem adulto. A adolescência é uma fase de descobertas e também de sofrimento, causado por muitas dúvidas, sexuais e existenciais.

De: Márcia Dienstmann

Que filme bom! Que fucking filme, mesmo! Saí da sala de projeção com aquela sensação de dinheiro bem investido, coisa que não vinha acontecendo ultimamente. Me parece meio complicado contar histórias de crianças e adolescentes sem cair na banalidade, muitas vezes beirando debilidade mental. Lukas Moodysson mostrou como se faz um belo filme sobre adolescentes (homossexuais, que é mais complicado ainda) simplesmente porque optou pela realidade nua e crua, doa a quem doer.

Aliás, Gerbase, a primeira coisa que eu pensei quando começou o filme foi exatamente essa, da relação estabelecida com o Dogma 95. Fiquei prestando atenção dali em diante e vi que Amigas de Colégio quebra alguns dos mandamentos. Por exemplo, o som não é só o do ambiente, os caras usam algumas luzinhas artificiais, essas coisas. E, se eu não me engano, é uma produção entre Suécia e Dinamarca. O negócio é conferir, não tenho certeza... Bom, se for mesmo, é um bom motivo para justificar as semelhanças com o Dogma. Era isso... Beijos!

De: Gerbase

A grande contribuição do Dogma para o cinema mundial não está nas regras do voto de castidade, e sim no resultado da sua utilização (mesmo que parcial, ou com muitas exceções) nos filmes. Amigas do colégio é, simplesmente, um filme que investe no que interessa: boa história, bom roteiro, excelente elenco, grande direção. Sem abrir mão de boa música, câmara esperta, etc. Se o cara ligou ou não luz artificial, se construiu ou não cenários, se usou ou não trilha musical na montagem, tudo isso é absolutamente secundário. Esse Moodysson sabe filmar. E ponto.

De: Anderson Luis Caio

Gerba, não vi esse filme Amigas de Colégio (não faz meu tipo). Mas quero dar minha opinião sobre o seguinte: A sua resposta a coluna de MI2 foram ótimas. O tal de Flávio Henrique somente falou besteiras, e vc como sempre (e como fez comigo no começo) deu nos dedos legal! Acho que caras desse tipo só se contentam com Pokémon-MEWxMEWTWO, ou o novo Pokémon 2000! A respeito do cinema brasileiro, ele anda meio desestruturado, acho que é falta de patrocínio ou alguma coisa.

Xuxa Requebra foi um fiasco, O Trapalhão e a luz azul foi pior. Acho que o Brasil tem capacidade e muita para fazer filmes muito bons. Agora o que eu não acho certo é esse negócio de colocarem favelas e pobreza. Nós temos muita má aparência no exterior. Um amigo meu foi para os EUA estudar lá e, coitado, foi muito maltratado e humilhado. Chegaram a perguntar para ele se aqui no Brasil usavam calçados. Espero que seu filme seja um sucesso e termine 'duma' vez e saiba que da minha parte terá o maior apoio. Agora por favor, não coloque em seu filme nenhuma cena de putaria (outra coisa que o Brasil é citado muito é como filme de putaria). Sou gaúcho e tenho certeza de bons cenários podem ser tirados daqui. Agora não repita de dizer que Tom Cruise é gaúcho. Saúde e paz que o resto a gente corre atrás! (encarnando o Pedro Bial)

De: Gerbase

Acho que, de forma geral, os filmes tem que falar, realista ou metaforicamente, da vida dos seres humanos. Se for um filme brasileiro, é natural que mostre brasileiros, que, como sabemos, vivem num país de péssima distribuição de renda. Temos alguns ricos, uma classe média meio enforcada e um batalhão de pobres. Como esconder o batalhão de pobres dos nossos filmes? É natural que eles apareçam de vez em quando, ao lado da classe média e dos ricos. Não gosto da estética da fome, nem acho que a miséria seja, em si, um valor cinematográfico. Mas fome e miséria podem ser excelentes temas para filmes brasileiros. Assim como o sexo, que interessa desde aos ricos até ao batalhão de miseráveis e esfomeados. Que cada cineasta encontre seus temas, suas verdades e suas formas de expressão, sem censura nem patrulha. No meu filme, como não há prostitutas, não há cenas de putaria. Mas há sexo. O que fazer? Sem ele, não haveria vida, nem seres humanos para aparecer nos filmes.

De: Cláudio Steiner

Gerbase, excelente tua crítica sobre Amigas de Colégio, um filme sensível, humano e atual. O título em portugues mais uma vez sacaneia o público, mesmo que, "por linhas tortas", tenha atingido o "alvo". Mas o que realmente me chamou atenção na tua análise foi ter inserido uma sentença do Gaiarsa - "Não fazemos o que dizemos... e não dizemos o que fazemos" - mais que um resumo do roteiro, uma síntese da existência e dos conflitos humanos. A busca da beleza (num sentido amplo) é a nossa esperança de chegar ao paraíso. Excelente!

Falando nisso, perdi a oportunidade de comentar o MI2, mas lendo as cartas dos leitores, principalmente a última, fiquei com vontade de exprimir uma opinião mais conceitual do que somente do filme. Quanto a este, eu acho que os filmes andam tão fracos, que eu até que me diverti durante a projeção. Analisando depois, ele começa a desmoronar. Pontos fortes: produção, efeitos, fotografia, ação e até Tom Cruise. Pontos fracos: a Cruise-girl, o roteiro e tudo mais que você e outros já elencaram.

Mas, como cinéfilo, o conceito que eu gostaria de passar tem a ver com posicionamento, percepções, expectativas e preconceitos no mundo do cinema. Tirando as exceções, a única indústria neste negócio é a norte-americana, onde só ela tem tradição e muitos US$ para lançar produtos diversos. Fortíssimo posicionamento no mundo inteiro, com percepção de qualidade em filmes de todos os gêneros, principalmente ação, suspense, comédias. A alta expectativa gerada na mídia em "blockbusters" naturalmente frustra a maioria, pois são raros os produtos que são melhores do que a embalagem. Os filmes nacionais, por outro lado, sofrem de preconceito, mas, infelizmente, não é infundado. Na busca de uma identidade, passaram durante muito tempo uma idéia de serem apelativos, e muitas vezes, mostrando um país pior do que ele é. Como a expectativa é baixa, alguns agradam muito, até porque realmente houve um crescimento, mesmo com todas as dificuldades financeiras e estruturais.

Acredito que devemos nos posicionar em produtores de conteúdo, com roteiros inteligentes, nos gêneros drama e comédia, e tentar quebrar a percepção de dramas-desgraça ou comédias-chanchadas. Como já disse Brian de Palma, até o sangue tem que ser bonito no cinema. Em suma, vamos investir nos nossos potenciais possíveis. As missões impossíveis que fiquem para os americanos, que é a casa deles. Graças a Deus, nem um ser humano é igual ao outro. Assim, Tolerância pode agradar a gregos e MI2 a troianos, assim como Feijoada e McDonalds. Ou vice-versa. Ou ambos. Ou nenhum. Viva as diferenças!

De: Gerbase

Viva! Quando falei num MI2 brasileiro, foi justamente pra salientar a capacidade que o cinema nacional tem de, eventualmente, enfrentar os americanos dentro do campo imagético deles. Talvez não seja a melhor tática, mas é uma tática possível, vide o bem sucedido Bossa Nova.

De: Douglas PS

Gostei da leveza da sua crítica. Acho que se apaixonou MESMO. Vou assistir o filme. Douglas. PS: É "fucking lives" e não "fucking lifes".

De: Gerbase

Certo. Desculpa a babada. Quem manda escrever em inglês, se o português já tem armadilhas suficientes?

De: Robledo Milani

Pois é, eu tb, logo que passaram as primeiras cenas do filme, pensei: será mais um dos filmes do Dogma 95? A estética é realmente muito parecida, granulada, mas durante o desenvolver da história, percebe-se que aqui os caminhos a serem trilhados seriam outros. Concordo também quanto à questão do título em português: nada de comédia debilóide americana sobre adolescentes descerebrados. Não, aqui o buraco é mais embaixo! A loirinha é maravilhosa, na minha opinião, a melhor coisa do filme. Divertida, bem conduzida, reflete bem uma situação de confusão, bem como são casos como esse, onde acontece a definição da identidade sexual do indivíduo. E o melhor, o filme não é moralista, didático, não prega soluções para como se viver num mundo melhor. Apenas mostra uma situação e como aquelas duas resolveram. Não diz que todos devam fazer como elas, nem que elas estavam erradas por agir de tal modo.

A outra menininha achei meio chata, apagada, não diz muito a que veio. Pais, professores, onde estão? É um novo mundo, onde adultos não opinam muito, e estão sempre ausentes. E nesse busca individual de cada um pelo seu lugar ao sol, as coisas vão se encaixando lentamente dentro de si, e desse modo cada busca sua felicidade. Acho que essa é a grande lição do filme, que o nosso destino cada um faz por conta própria. O tema do filme por si só não é dos mais originais. Achei muito parecido com um filme independente, não tenho certeza se americano ou inglês, chamado Delicada Atração (Beautiful Thing), em que dois adolescentes, rapazes, vizinhos num condomínio, acabam se apaixonando. Mas, mesmo assim, é bom sempre essa discussão, e sempre o local onde ela se desenvolve é um mundo novo a ser descoberto. E, claro, sempre é um prazer ver um filme em telas locais que não seja falado em inglês, ainda mais americano. É isso aí!

De: Gerbase

Acho que a adolescência é aquele momento em que os meninos e as meninas descobrem que podem tentar escolher seu destino, esquecendo a proteção e o mundo estabelecido pelos pais. Mas nem sempre essa tentativa é fácil ou indolor. Concordo que, para a grande maioria dos adolescentes, é ótimo sair de casa o mais possível, ter muitos amigos, conhecer gente, experimentar outros ambientes, etc. O "lar doce lar" é, normalmente, um lugar pouco saudável para quem quer se descobrir e descobrir o mundo. Mas acho, por outro lado, que pais podem contribuir muito para que seus filhos sejam emocionalmente saudáveis. Basta dar amor, em vez de super-proteção. Honestidade, em vez de mentira. Verdade, em vez de um mundo irreal (quase sempre, tremendamente repressivo em relação ao sexo). Nesse sentido, Amigas de colégio não é um filme "novo", no sentido da história que conta, nem necessariamente na maneira de contar, mas é um excelente filme por saber lidar com os muitos elementos (dentro e fora do "lar") que decidem a vida dos adolescentes quando estes estão terminando de forjar suas personalidades.

De: Paulo Angelini

Fui teu aluno na PUC e confesso que achava bem divertidas tuas aulas de Foto. Quanto às tuas críticas, nem sempre tenho muito saco pra ler, muitas vezes não concordo, mas acho que é coerente para um Replicantes ir meio contra a opinião geral. Estilo. Mas, para minha surpresa, li que tu comentou sobre um filme do qual ninguém fala, e te digo, assino em baixo. Eu mesmo fui assistir a este filme com um pé atrás... Bah, um filme sueco... Sabe como é, nunca se sabe. Mas que surpresa legal. O filme é ao mesmo tempo delicado e profundo, porque coloca de forma natural uma questão que todo mundo se esquiva por aqui. As duas atrizes estão realmente ótimas. É tão verossímil que quando acabou eu me sentia tão amigo das personagens que dava vontade de dar uma ligada pra elas pra saber se tá tudo bem. Aquele final do banheiro é banal e genial ao mesmo tempo. É tão bom ver um filme barato e bem feito. Faz com que a gente se dê conta que existe cinema de qualidade por todos os cantos, e que budget é só pra gringo colocar na estatística. Quem sabe estas pessoas que se acham super cultas por que vão ver todos os filmes americanos "arrasa quarteirão" se dêem uma chance de trocar o idioma e rirem um pouco com aquelas suecazinhas maravilhosas...

De: Gerbase

Não faço questão de ser "contra" os filmes. Pelo contrário. Se gosto de cinema, quero gostar dos filmes. Mas nem sempre isso é possível. Pelo menos, quando falo bem, você sabe que é de verdade, como no caso de Amigas de colégio. Também gosto muito da cena do banheiro, uma espécie de "momento de decisão" para as duas, em que não há mais caminho de volta para a "normalidade" e elas precisam assumir corajosamente suas escolhas ou cair na rede de repressão. É o tipo do final feliz que eu gosto: porrada no senso comum e bola pra frente, que o campeonato está apenas começando.

De: Flávio Henrique

Meu caro Gerbase. Se por acaso se recorda do meu e-mail da semana passada sobre o filme Missão Impossível 2, venho dizer através dessa mensagem:

1- Não ando de Mercedes, meu carro é um Gol!, mais brasileiro impossível.

2- Sou vegetariano! Conseqüentemente não como carne e muito menos de lagosta.

3- Roupas armani, praque? Se tudo que eu vestir não vai me deixar pelado, não me preocupo com marcas.

4– E também não moro em nenhuma mansão de 100 milhões de dólares, casa nesse preço nem o Tom Cruise tem, embora minha casa seja muito boa e confortável!

Fui taxado de não gostar de pobre, não é verdade, porque não sou rico. Também me acusou de não ser patriota, sou patriota sim!, mas não é por isso que devo concordar com as coisas ridículas que acontecem no nosso amado país, quanto a não gostar de cinema nacional, continuo com a minha opinião, só mudo no dia em que fizerem um trabalho realmente gratificante

aqui no meu país, e não os caras de fora, mas sim brasileiros como eu, porque se não mostrarmos o que realmente é bonito em nosso pais, não vai ser os gringos que vão. Já viu o início do filme Stigmata, que palhaçada com nós brasileiros, aquele sotaque portunhol desgraçado, aquele povo feio que parece maias, astecas, incas, mexicanos e tudo passando fome e ainda mais no sudoeste do Brasil.

Fiquei indignado com aquele filme da copa do mundo de 94, Todos os corações do mundo, este feito por um cineasta brasileiro, aquele (...) Murilo Sales. FINAL BRASIL X ITÁLIA, a torcida em seus respectivos países torcendo, os italianos em uma cidade grande com arquitetura bonita, e os brasileiros CAMPEÕES em uma oca de índio no meio do Amazonas devia ter uns cem com uma tv vagabunda, essa é a imagem que um próprio brasileiro manda de nós para o mundo afora (...)

Nem falei sobre o filme Amigas de escola, por não vi e nem tenho vontade alguma de ver esse tipo de filme, tenho que pedir desculpas por ter falado mal de seu filme Tolerância, que ninguém viu até agora, porque não está pronto, é que estava irritado no dia, mas se continuar no nível atual do cinema brasileiro, infelizmente vai ser ruim mesmo. Vou continuar vendo filmes antigos como O iluminado, ET, O poderoso chefão, Indiana jones, Star wars, Nascido para matar, Carrie, a estranha, Exterminador 1 e 2, e atuais como O sexto sentido, Clube da luta, MISSÃO IMPOSSÍVEL 2, Gladiador e outros mais.

Um último comentário: já fiz filmes, mesmo que com uma câmara vagabunda com qualidade Super-VHS. Em um deles fui diretor, foi um filme de terror chamado Covardia, quem viu gostou, mesmo sem recurso ficou bom dentro dos limites da nossa grana, algo em torno de 837 reais, porque sou econômico e não gasto dinheiro à toa, estilo Roger Cormam, só que melhor! Quem sabe a gente se encontra em algum festival por aí!

De: Gerbase

Você tem alguns raciocínios pouco usuais, tipo "fui taxado de não gostar de pobre, não é verdade, porque não sou rico". O fato de você não ser rico não elimina todos os seus preconceitos quanto à presença dos "pobres" no cinema brasileiro. Além do que você (e eu) somos mais ricos do que noventa por cento dos brasileiros, ou você acha que os usuários brasileiros da Internet não são a tal "elite"? Mas se você gastou "algo em torno de 837 reais" e fez um filme "estilo Roger Corman, só que melhor", nos veremos, com toda a certeza, brevemente, em algum festival. E seu filme vai ser uma covardia para todos os seus concorrentes. Ave, Flavius Enricus, os que vão morrer te saúdam!

De: Jan Alessandro Socher

Gostaria de dizer que, como brasileiro, fico envergonhado com os comentários que este cidadão Flávio Henrique fez em relação a sua crítica ao filme Missão Impossível 2. Este cidadão, com certeza, se estudasse um pouco mais sobre a história recente de nosso país, ao invés de perder tempo com bobagens do tamanho de MI2, saberia que o cinema brasileiro, apesar das grandes dificuldades (principalmente financeiras) que enfrentou em nosso passado recente, vem se reestruturando e crescendo rapidamente. A arte de fazer cinema no Brasil ainda é muito difícil. No entanto, os recentes prêmios que o cinema nacional vem recebendo provam indiscutivelmente a qualidade desta arte em nosso país. Por se investir tão pouco em cultura no Brasil, não temos um tradição cinematográfica como a americana e a européia, mas em compensação temos cidadãos que pensam como este Flávio Henrique.

De: Gerbase

Tudo bem, mas é bom falar com o Flávio Henrique, porque ele é um espelho de boa parte do público brasileiro, formado quase que exclusivamente pelos filmes americanos (basta olhar sua lista de preferências). Nós temos que aprender a compreender o público, para só depois conquistá-lo. Acho que a crítica de cinema, aqui no Brasil, só tem sentido se for usada para discutir estética e política nos filmes americanos (que dominam o mercado, e por isso estabeleceram uma espécie de monopólio das imagens) e nos filmes do resto do mundo (que precisam estar nas telas, ao lado dos brasileiros). Desse confronto, real e violento, sairá o cinema do futuro. E até mais.

AMIGAS DE COLÉGIO
(Suécia, 1998). De Lukas Moodysson

Carlos Gerbase é jornalista e trabalha na área audiovisual, como roteirista e diretor. Já escreveu duas novelas para a Terra Networks (A gente ainda nem começou e "Fausto"). Atualmente finaliza seu terceiro longa-metragem, Tolerância, com Maitê Proença e Roberto Bomtempo.

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