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Ridley lutou para ter no elenco Joaquin Phoenix em "Gladiador"
Irmão de River interpreta o imperador Commodus, papel recusado por Jude Law


Mel Gibson e Jude Law foram as escolhas iniciais do estúdio para os papéis do general Maximus e o jovem imperador Commodus, personagens principais do filme Gladiador. Após a recusa de Gibson, Ridley Scott foi atrás de sua escolha pessoal, o ator neozelandês Russell Crowe.

Outro que o diretor inglês lutou para ter no filme foi Joaquin Phoenix, no papel de Commodus. O irmão de River Phoenix já havia trabalhado no filme Clay Pigeons, produzido pela companhia de Scott. Completam o elenco de Gladiador os atores ingleses Oliver Reed, Richard Harris, Derek Jacobi e David Hemmings, o beninense Djimon Hounsou e a atriz dinamarquesa Connie Nielsen. Como Scott e Crowe revelam a seguir, o ator que deu mais trabalho foi Phoenix.

Russell Crowe - Joaquin é um garoto fantástico, mas ele acabava fazendo a gente debochar dele. Em determinado momento, ele veio até mim e disse que as coisas que estava fazendo no filme eram muito simples. Joaquin havia criado um sotaque, tinha mudado a estrutura de seu corpo e eu disse a ele: "Você está indo muito bem."

Ridley Scott - Quando revelei a Russell que tinha optado por Joaquin, ele disse que seria uma grande idéia. É meio que contra a parede você escolher um ator inexperiente em termos teatrais, pois num filme grandioso desses, você lida com ritmos e a bagagem teatral sempre ajuda. Joaquin não possui essa característica. Ele sempre interpretou esses garotos meio desajustados.

Para mim, foi um jogo de roleta tê-lo contratado, mas acho que valeu a pena.

Crowe - Logo no começo das filmagens, Ridley e eu estávamos nervosos porque Joaquin não podia relaxar. No primeiro dia de trabalho, ele vai até Ridley (Russell começa a imitar Joaquin) e diz: "Você sabe que eu tenho de ser maltratado, né? Eu preciso que alguém me insulte antes do take. Esse cara que interpreto não gosta dele próprio e eu preciso ser verbalmente e fisicamente abusado por vocês (risos)." Antes de conhecer Joaquin, Richard Harris me perguntou como era ele. E eu disse a ele que precisávamos relaxar o cara. Richard Harris, com todo o seu conhecimento de cinema, anos de experiência no teatro e muita sagacidade, simplesmente disse: "Já sei! Vamos azucriná-lo e deixá-lo p. da vida." Um dia, a gente levou Richard ao trailler de Joaquin e três horas depois - e só Deus sabe quantas Guinness Mr. Harris tinha tomando naquela noite - a gente encheu a bola de Joaquin, dizendo quanto ele era bom. O cara simplesmente desabrochou e começou a recitar poesia. E ele então nos disse: "Eu sou um ator porque nós somos essas pessoas que interpretamos!"

Scott - Já Derek Jacobi é um ator muito modesto e extremamente capaz. A coisa mais complicada para mim, porém, era convencer Derek a fazer um segundo take. Ele nunca queria mais um. Eu dizia: "Você está bem?" E ele retrucava: "Para mim está, se para você também."

Crowe - Ridley foi muito esperto na seleção do elenco de seu filme. Ele colocou um grupo de atores que não permitiria que seu pedaço na narrativa fosse jogado fora ou tivesse pouca importância. Isso significou mais perguntas e mais respostas ao diretor. Connie Nielsen é uma das atrizes mais inteligentes e politizadas em ação no momento. É uma mulher muito impressionante. Ela fala sete idiomas fluentemente e tive a oportunidade de beijá-la, graças a Ridley.

Scott - Para o papel de Lucilla, eu precisava de alguém que tivesse um ar meio de realeza. Se Connie tivesse nascido no Egito antigo, ela teria sido uma rainha. A má notícia sobre Connie é que ela sabia mais sobre história da Roma antiga do qualquer outra pessoa no set. Foi um pouco irritante o perfeccionismo dela. (Agência Estado)

 

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