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Fortes adversários ameaçam a conquista de Central do Brasil


Ninguém tem dúvidas de que o páreo será mesmo entre Central do Brasil e A Vida é Bela. Qualquer outro resultado na categoria Melhor Filme Estrangeiro que não seja um dos dois será um azarão, uma surpresa para todo o mundo cinematográfico. Isto pode acontecer se o italiano levar a estatueta de Melhor Filme, uma possibilidade também um tanto remota.

É a terceira vez nesta década que o Brasil concorre ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e mesmo com a ameaça de A Vida é Bela, jamais teve uma produção com tamanha repercussão e chance de levar a estatueta. O reconhecimento da Academia ao cinema nacional conmeçou em 1996, com a indicação de O Quatrilho, de Fábio Barreto. Dois anos depois, foi o filme de Bruno Barreto, O Que é Isso, Companheiro? que compôs a lista de indicações para produções estrangeiras.

A Vida é Bela foi consagrado e tripudiado ao fazer do holocausto uma comédia. Roberto Benigni dirigiu, atuou e foi co-roteirista da história de um pai que faz do campo de concentração uma gincana para proteger o filho Giosuè dos horrores da guerra.

A produção italiana tem o aval de seis outras indicações: Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator para Benigni, Montagem, Roteiro Original e Trilha Sonora(Drama). A brasileira tem a de Fernanda Montenegro,para Melhor Atriz.

Eram quase certas as indicações do grego A Eternidade e Um dia (Mia Eoniotita ke Mia Mera, Grécia, Theo Angelopoulos), Festa de Família (Festen, Dinamarca, Thomas Vinterberg). Mas tomaram seus lugares o pouco conhecido o espanhol El Abuelo, e o iraniano Bacheha-ye Aseman.

Tango havia sido cogitado como lugar certo na lista. O filme de Carlos Saura, diretor de Bodas de Sangue, trata da sedutora e envolvente música e dança latina. Para escrever o roteiro, Saura pesquisou em Buenos Aires o ritmo, as atitudes, os adornos, cores e sensações e como esses elementos representam uma linguagem própria. Ele conta estas descobertas através de um personagem que resolve fazer um documentário sobre o tango.

O iraniano Crianças no Paraíso (Bacheha-ye Aseman), de Majid Majidi, conta o drama de um garoto que ajuda a irmã a esconder dos pais que perdeu seus sapatos. Sem dinheiro para comprar um novo par, a solução é simples: um usa o único par existe para ir à escola pela manhã e o outro vai com ele à tarde.

Já o espanhol El Abuelo é a grande incógnita. O diretor, José Luís Garcí, levou a estatueta em 1983 pelo Melhor Filme Estrangeiro com Começar de Novo (Volver A Empezar). El Buelo ganhou o principal prêmio espanhol, o Goya 98, na categoria Melhor Ator para Fernando Fernan-Gomez contando a história de um aristocrata desonrado em busca de sua dignidade perdida, no século XIX.

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