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Festa de Família
cria universo pertubador
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Um dos signatários do Dogma 95 apresenta sua primeira obra com Festa de Família. Juntamente com Lars Von Trier, o jovem diretor dinamarquês Thomas Vinterberg criou o manifesto Dogma 95, espécie de bula contra os males da hegemonia do cinemão comercial.
Entre as regras do fazer
cinematográfico, o Dogma 95 estabelece
um cinema sem artifícios, como a ausência de cenários, iluminação
ou efeitos especiais. Festa de Família e Os
Idiotas, de Lars Von Trier, apresentados na último Mostra
Internacional de Cinema de São Paulo, são as primeiras produções
com a marca do manifesto.
Festa de Família é
a radiografia dramática de uma família cuja normalidade
da superfície esconde a podridão dos relacionamentos.
Uma comemoração serve de palco para que velhas intrigas
e revelações bombásticas estraguem definitivamente
o verniz das convenções.
O aniversário de 60 anos do patriarca Helge Klingenfelt (Henning
Mortizen) é o estopim. A família inteira comparece, incluindo
os filhos de Helge, Christian (Ulrich Thomsen) e Michael (Thomas Bo Larsen)
e Helene (Paprika Steen). A irmã gêmea de Christian, Linda,
cometeu suicídio recentemente. Helge pede
a Christian, reservadamente, que pronuncie algumas palavras em homenagem
à irmã morta. Christian
não só atende o pedido do pai como faz uma revelação
estarrecedora,
libertando os fantasmas sexuais dos Klingenfelt e transformando a celebração
inócua em um inferno perturbador.
(Cássia Borsero)
Leia a opinião de Carlos Gerbase sobre o filme
