Nem
todas as mulheres são iguais traz Brooke Shields no papel de
homossexual
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Brooke Shields
faz uma lésbica em Nem Todas as Mulheres São Iguais e a heroína,
interpretada por Parker Posey, é uma escritora cujo editor é gay assumido.
Nada disso abriga o filme de Brian Skeet sob a bandeira de produto para
platéias GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros, sem esquecer
os simpatizantes). É um filme sobre relacionamentos e o casal principal
é straight. Talvez não seja, a rigor, um bom filme, mas é "engraçadinho"
(como Absolutamente Los Angeles, de Mika Kaurismaki, é "simpático").
Chega a dizer coisas relevantes sobre desejo e sexualidade, principalmente
a feminina. A personagem de Parker chama-se Margareth e, quando o filme
começa está recebendo uma homenagem pelo sucesso de um livro que acaba
de lançar.
Margareth é casada com Edward, um professor de literatura interpretado
por Jeremy Northam. Circulam no meio intelectual de Nova York, parecem
viver o que seria a união perfeita. O casamento começa a ruir quando Margareth
faz a adaptação do diário de um escritor francês do século 18 conhecido
como "o Filósofo". Ele usa todas as suas técnicas de sedução para conquistar
uma garota, que se torna sua discípula (na cama e na cátedra). A jovem
arma-se do conhecimento adquirido para libertar-se também sexualmente,
o que desestabiliza o filósofo e a própria Margareth. Não ajuda em nada
ela suspeitar da infidelidade do marido com uma estudante e ter o próprio
amante. Desenrolado em duas épocas, é um filme sobre os caminhos que levam
à liberdade sexual - e à consolidação das uniões por amor.
Rende um programa legal, divertidinho e nem um pouco ofensivo, valorizado
por muita gente bonita. Parker e Brooke, que faz sua irmã, ganham o reforço
de Elizabeth McGovern, como a outra irmã. E Northam seduziu as mulheres
em Cadete Winslow e O Marido Ideal.
(Luís
Carlos Merten/Agência Estado)
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