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Vida e arte se confundem em "Close-Up"
Dez anos após ser produzido, Close-Up, do cineasta Abbas Kiarostami (Onde Fica a Casa do Meu Amigo? e Através das Oliveiras), finalmente entra em cartaz na cidade.
Vencedor do Prêmio Especial do Júri no Festival Internacional de Fajr (Teerã), o filme repete a fórmula que consagrou o cinema iraniano ao misturar ficção e realidade. Desta vez, reconstitui-se o caso real de um desempregado que se fazia passar pelo cineasta Mohsen Makhmalbaf (Salve o Cinema). 
Após semanas vivendo com uma família e fazendo-a acreditar que ele preparava um filme sobre ela, o impostor é denunciado e preso. A fim de perceber a psicologia do acusado, o diretor filma seu julgamento com duas câmeras, sendo uma delas sempre em close-up, daí o título do filme.
Com um misto de ficção e documentário, Kiarostami aprofunda as imagens na personalidade do farsante, deixando-o cada vez masis próximo e desnudo. Como num tribunal psiquiátrico, o falso diretor e a família que o entrega acabam formando um jogo complexo de identidades e intenções.
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