Truffaut evoca amor
obsessivo em "Adele H."
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Um drama intenso sobre o amor obsessivo. Com apenas vinte anos, a atriz Isabelle Adjani já começava a moldar um estilo de interpretação, entre a contenção, a paixão e a loucura, que atingiria o auge em Camille Claudel e A Rainha Margot.
Adèle
H. (Isabelle Adjani) é filha 
do poeta
e escritor francês Victor Hugo, uma personalidade mítica
de seu tempo. Os diários dela, descobertos em 1860, revelam uma
obsessão trágica e sublime, que não escapou ao fascínio
de Truffaut.
A história começa
em 1863, em Halifax, na Nova Escócia (EUA). Adèle abandona
a família e atravessa o Atlântico perseguindo
o homem que acha 
ser o grande amor de sua vida, o tenente Albert
Pinson (Bruce Robinson), um oficial a serviço das forças
armadas de Sua Majestade.
Adèle se deixou seduzir por Albert na ilha de Guernsey, onde Victor Hugo se exilara após Napoleão III derrubar a república francesa. Mesmo sendo rejeitada inúmeras vezes, Adèle escreve aos pais pedindo dinheiro e permissão para o casamento.
Para conseguir o amor
de Albert, Adèle humilha-se, espiona, arranja
mulheres para o amante, e chega a simular uma gravidez diante
do futuro sogro do tenente. Sem
dinheiro e sem Albert, sua sanidade começa a deteriora-se rapidamente,
e ela abandoa a pensão por um albergue de indigentes. (Cássia
Borsero)
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