"U-571 - A Batalha do Atlântico" leva Cavalo de Tróia ao mar
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A abordagem do diretor Jonathan Mostow (de Breakdown - Implacável Perseguição) é convencional, trazendo cenas já vistas em títulos como Barco - Inferno no Mar, A Caçada ao Outubro Vermelho ou Maré Vermelha. Mas o filme funciona. Pelo menos no que diz respeito ao clima. Mostow consegue instaurar uma atmosfera de tensão e brinda o espectador com seqüências de ação bem-executadas.
Inspirado no mito do Cavalo de Tróia, o argumento também é promissor (para o gênero): submarino americano tenta se passar por embarcação alemã para capturar uma máquina de codificação secreta durante a Segunda Guerra Mundial. Pena que os personagens sejam tão mal-desenvolvidos. O roteiro concentra energias nos aspectos técnicos e históricos, deixando o humano em segundo plano.Quem lidera a operação é o tenente Tyler, vivido por Matthew McConaughey, que demonstra espírito de liderança nas cenas de ação. Ele é o único que ganha mais atenção do trio de roteiristas, Jonathan Mostow, Sam Montgomery e David Ayer.
Comida de peixe
Antes de a aventura começar, o filme mostra que o personagem de McConaughey está frustrado por não ter sido promovido - o que nesse contexto significa comandar um submarino sozinho. Ele embarca então como o braço direito do comandante Dahlgren (Bill Paxton), que logo no início da missão perigosa vira comida de peixe.O elenco traz ainda o cantor Jon Bon Jovi, como um dos tripulantes do submarino U-571, e Harvey Keitel, que parece deslocado em filme carente de densidade dramática.
No último Festival de Veneza, onde o título foi apresentado fora de competição, Keitel confessou que pediu para ser escalado porque sempre quis fazer
parte de um filme de submarino - seu gênero preferido na infância e adolescência.Só assim mesmo para perdoá-lo por falas tão insípidas. "Sou um lobo-do-mar. Preciso de sal, sir", diz, ansioso para voltar à água. Ou mais adiante no roteiro, quando Chief, seu personagem, declara ao novo comandante: "Quando precisar de um chefe de embarcação é só me chamar."(Agência Estado)
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