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Trump dá sinal verde para vendas de chips da Nvidia para China e gera preocupações

9 dez 2025 - 15h35
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Críticos de longa data da China em Washington reclamaram da decisão do governo de Donald Trump de permitir que a Nvidia venda seu segundo chip de inteligência artificial mais avançado para o país asiático, citando preocupações de que Pequim poderá aproveitar a tecnologia para equipar suas forças armadas.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a decisão de permitir as vendas do chip H200 para a China em uma publicação em redes sociais na segunda-feira, quando acrescentou que os EUA cobrarão uma taxa de 25% sobre essas vendas e que AMD e Intel poderão vender microprocessadores semelhantes ao país.

A decisão "coloca nossa vantagem competitiva à venda, tudo por uma comissão de 25% nas exportações de chips", disse Brad Carson, ex-subsecretário do Exército dos EUA. "Quando a China começar a abastecer suas forças armadas com IA baseada em chips dos EUA, o mundo se arrependerá dessa decisão."

A medida é o exemplo mais dramático do novo impulso de Trump no sentido de relaxar as restrições às vendas de tecnologia avançada de IA norte-americana para a China, à medida que ele busca expandir os mercados no exterior para as empresas norte-americanas e enfrenta a imposição de Pequim de controles de exportação de minerais de terras raras, ingredientes essenciais para a fabricação de uma vasta gama de componentes eletrônicos.

Isso também marca uma reversão drástica em relação ao seu primeiro mandato, quando Trump atraiu a atenção internacional ao reprimir o acesso chinês à tecnologia dos EUA, citando alegações de que Pequim rouba propriedade intelectual norte-americana e aproveita a tecnologia obtida para reforçar suas forças armadas, o que Pequim nega.

Mas o governo norte-americano, liderado pelo "czar" de IA da Casa Branca, David Sacks, agora argumenta que o envio de chips de IA avançados para a China desestimula concorrentes chineses, como a Huawei, a redobrar os esforços para alcançar os designs de chips mais avançados da Nvidia e da AMD.

Se, em cinco anos, os chips de IA fabricados por Huawei, gigante chinesa de equipamentos de telecomunicações sancionada, estiverem em toda parte, "isso significa que perdemos... Não podemos deixar isso acontecer", disse ele em um evento em janeiro.

Mas muitos em Washington discordam. Stewart Baker, ex-funcionário da Segurança Interna e da Agência de Segurança Nacional, disse que a noção de que os EUA podem manter a China dependente dos chips norte-americanos permitindo que eles tenham o H200 é "uma ilusão".

"Não há mundo em que eles não continuem a pressionar o máximo possível para terem uma indústria doméstica que, em última análise, terá como objetivo a falência da Nvidia e a dependência dos Estados Unidos da IA chinesa", disse Baker.

Saif Khan, que atuou como diretor de Tecnologia e Segurança Nacional no Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca sob o comando do ex-presidente Joe Biden, concorda. Permitir as vendas do H200 para a China "poderá corroer significativamente as vantagens dos EUA (em IA) e impulsionar a modernização militar da China".

No entanto, alguns consideram o impacto mais limitado, inclusive James Mulvenon, linguista chinês e especialista militar, autor de um estudo que ajudou a convencer o primeiro governo Trump a sancionar a fabricante chinesa de chips SMIC em 2020.

"Independentemente dessa decisão, o governo chinês deixou claro que não é seu objetivo estratégico de longo prazo depender da Nvidia ou de qualquer outra tecnologia ocidental, portanto, esses ganhos provavelmente serão transitórios", disse ele.

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