EUA alistam jovens para atuar em ciberdefesa
Com a escassez de profissionais que possam defender suas fronteiras digitais, o governo norte-americano, em união com organizações privadas, lança o U.S. Cyber Challenge para recrutar jovens mentes tecnologicamente brilhantes.
O concurso está sendo organizado pelo Departamento do Centro de Defesa de Cibercrimes, o Centro de Estudos Estratégicos Internacionais, a Associação da Força Aérea e o Instituto SANS, levando uma série de competições de cibersegurança a colégios e universidades de todo o país, premiando os melhores estudantes com empregos no governo.
"Uma escassez radical de ciberguardiões e cibersoldados habilidosos está tornando os Estados Unidos inapto a defender adequadamente seus sistemas e inapto a projetar poder de forma eficiente no ciberespaço" esclareceu Alan Paller, pesquisador e diretor do Instituto SANS.
Os desafios nacionais darão a oportunidade para que os jovens mostrem sua aptidão e interesse em cibersegurança. Os mais talentosos competirão em níveis mais elevados nos cyber geek camps, competições especiais e com maior duração, noticiou o blog Technology Live do site USA Today.
O Departamento de Defesa Americano conta atualmente com apenas 80 empregados em cibersegurança. Com o aumento do cibercrime, estudiosos calculam que sejam necessários de 20 a 30 mil especialistas em segurança nos próximos anos.
"Atualmente, temos mais pessoas (no governo) escrevendo políticas e relatórios sobre segurança do que pessoas que possam garantí-la. E estamos sendo destruídos" falou Paller em nota publicada no blog InSecurity Complex.
Por isso, além das premiações, os jovens mais inteligentes e aptos também tem grandes chances de entrar nesse ramo de profissão. "Isso também inclui caminhos para empregos muito legais", completou Paller.
O governo espera conseguir 10 mil jovens para atuar nas linhas de frente das defesas digitais americanas. Os selecionados devem ser contratados pela Agência Nacional de Segurança, pelo FBI, pelo Departamento de Defesa, pela US-CERT (Equipe de Prontidão para Emergências Computacionais) e pelo Departamento de Laboratórios de Energia.
Em maio, o presidente Barack Obama declarou que os Estados Unidos não estão preparados como deveriam estar para responder a ataques pela rede. Na semana do 4 de julho deste ano, vários sites governamentais e comerciais foram derrubados tanto nos Estados Unidos como na Coréia do Sul.
Para saber mais sobre o desafio, basta acessar o endereço csis.org/uscc.