O céu não é o limite! | Planeta escondido, ondas na galáxia, explosão solar e+
Confira as principais notícias do espaço da semana 17 a 23 de fevereiro de 2024 e fique por dentro de tudo o que mais importa no universo da astronomia!
Na última semana, os cientistas anunciaram algumas descobertas impressionantes sobre quasares, buracos negros e alguns novos mistérios sobre a Via Láctea. Em nosso Sistema Solar, uma espaçonave pousou a Lua e aconteceu a maior explosão solar dos últimos 7 anos.
Confira essas e outras notícias em nosso resumo semanal dos principais acontecimentos da semana.
O brasileiro que pode ter descoberto um planeta
Um pesquisador brasileiro publicou um estudo mostrando a possibilidade de um novo planeta no Sistema Solar, além de Netuno, a mais de 200 unidades astronômicas do Sol (ou seja, 200 vezes a distância entre o Sol e a Terra). E não, não estamos falando do famoso Planeta 9.
Para isso, foram analisadas órbitas de objetos transnetunianos no Cinturão de Kuiper, revelando órbitas peculiares. As simulações revelam que a massa do planeta hipotético seria equivalente a algo em torno de 1,5 a 3 Terras.
A onda na Via Láctea
Uma estrutura chamada Onda Radcliffe, composta por nuvens formadoras de estrelas, apresentou movimentos ondulatórios. Eles são semelhantes à coreografia conhecida popularmente como "ola", realizada por torcidas em estádios de futebol.
A estrutura está localizada a 500 anos-luz do Sol, o que é bem próximo em escalas astronômicas, e tem aproximadamente 9.000 anos-luz de comprimento. Os astrônomos ainda não sabem exatamente o que gerou desse comportamento, mas a descoberta pode ajudar a elaborar e a testar hipóteses sobre o fenômeno.
A maior explosão solar dos últimos 7 anos
Conforme o previsto, o Sol segue aumentando sua atividade magnética e, por consequência, vem produzindo explosões. Na quinta-feira (22), foi detectada a erupção mais poderosa dos últimos sete anos, segundo as medições dos serviços de monitoramento do clima espacial.
☀ Last night the sun emitted a strong X6.3 solar flare, the largest of flare of this solar cycle so far and the largest since September 2017.
There's a minor CME associated with it, though it's not expected to bring significant auroral effects.
🧵#SpaceWeather pic.twitter.com/9bBvxxrzEc
— Met Office Space (@MetOfficeSpace) February 23, 2024
Foi emitida uma pequena ejeção de massa coronal, mas mesmo assim, nenhum efeito foi registrado em nosso planeta. Isso significa que o evento não causou apagões de rádio, não vai produzir auroras boreais, e muito menos vai resultar em problemas em nossas tecnologias de comunicação. Aliás, você pode conferir como o Sol mudou ao longo dos anos.
O pouso da IM-1
O lander Odysseus pousou na Lua às 20h23 (horário de Brasília) da quinta-feira (22). Essa é a primeira vez em 50 anos que uma espaçonave dos EUA desceu até a superfície lunar.
O módulo de pouso, da iniciativa privada Intuitive Machines, demorou cerca de 15 minutos para confirmar o sucesso da alunissagem, até que finalmente a empresa anunciou que tudo correu como o esperado. Antes disso, a Odysseus enviou algumas fotos da Terra.
O quasar mais brilhante já visto
O quasar J0529-4351 é o novo recordista de objeto mais brilhante já observado no universo: ele brilha cerca de 500 trilhões de vezes mais que o Sol! Além disso, ele tem o buraco negro mais faminto do cosmos, devorando o equivalente a um Sol por dia.
Localizado a 12 bilhões de anos-luz de distância, o buraco negro tem massa entre 17 bilhões e 19 bilhões de vezes a do Sol, e aumenta a cada refeição. Por fim, possui um disco de acreção (o anel de plasma alaranjado ao redor do buraco negro) com 7 anos-luz de diâmetro.
O satélite que reentrou na atmosfera
A Agência Espacial Europeia anunciou a reentrada bem sucedida do satélite ERS-2 às 14h17 (horário de Brasília) da quarta-feira (21). O objeto voou acima do Pacífico norte, entre o Alasca e o Havaí, tendo seu combustível remanescente eliminado como medida de precaução.
Dias antes da reentrada, a companhia australiana HEO Robotics divulgou fotos do satélite aproximando-se da atmosfera terrestre. As imagens foram capturadas entre janeiro e fevereiro por câmeras de outros satélites em órbita.
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