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Chefões da tecnologia têm casas com bunker e já se preparam para o apocalipse da IA

Bilionários do Vale do Silício já compraram bunkers e estocaram suprimentos para fugir do "juízo final"

25 ago 2025 - 17h26
(atualizado em 25/8/2025 às 13h30)
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Um ramo de negócio mais palpável do que redes neurais, inteligência artificial (IA) e armazenamento em nuvem cresce no subsolo do Vale do Silício. E o motivo são os próprios chefões das gigantes da tecnologia. Eles começaram a se preocupar com o "apocalipse da IA", que na prática é quando os robôs tomarão o poder e exterminarão os humanos.

Por isso alguns deles já encomendaram bunkers de luxo e armazenam ouro, sal e outros itens para fugir na hora que perderem o controle.

Sentir o apocalipse mais perto não afeta só quem está dia sim e dia também nas manchetes. Henry, um jovem pesquisador de IA, trabalha em um pequeno laboratório voltado para segurança no Vale do Silício e doa um terço da sua renda para ONGs de proteção em IA.

Henry também pensa na hipótese de fracassar e não salvar o planeta: ele constrói abrigos biológicos caseiros para ele a família.

É fácil construir um bioshelter (abrigo biológico), contou o pesquisador ao Business Insider. Primeiro deve-se comprar uma tenda pressurizada, daquelas usadas como estufa de plantas, e instalar filtros HEPA dos mais avançados nas entradas de ar. Depois é só abastecer o bunker com o máximo de comida não perecível, água e suprimentos.

"Provavelmente menos de US$10 mil, incluindo três anos de comida que vou colocar lá dentro", é quanto Henry calcula gastar para se salvar.

Ter esse grau de neurose te livra de tragédias naturais - e as causadas pela IA futuramente. No entanto, vem carregada de estigma e um nome pejorativo, "prepper", por isso Henry é um pseudônimo,

Mas ele está longe de ser o único a colocar dinheiro. Inclusive, os grandes nomes da região de Palo Alto investem alto para escaparem do apocalipse.

Em 2016, um perfil de Sam Altman na revista New Yorker, revelou uma conversa na qual ele disse a dois colegas que um de seus hobbies - além de colecionar carros e pilotar aviões - era se organizar "para sobreviver" em caso de catástrofes.

O CEO da OpenAI se referia tanto ao surgimento de um vírus sintético letal quanto a de uma IA desonesta "que nos ataca".

"Tento não pensar muito nisso", teria dito Altman. "Mas tenho armas, ouro, iodeto de potássio, antibióticos, baterias, água, máscaras de gás da Força de Defesa de Israel em Big Sur (centro da Califórnia), para onde posso voar".

Anos depois, quando a OpenAI já havia lançado o ChatGPT e se tornado uma das empresas mais valiosas do planeta, o executivo disse que não era um planejador do juízo final "da maneira como pensamos" porque "nada disso vai ajudar se a [inteligência artificial geral] der errado".

Planos de emergência como o de Altman são comuns do Vale do Silício. Outros bilionários de tecnologia fazem o mesmo.

Larry Page, cofundador do Google, e Peter Thiel, do PayPal e da Palantir, compraram terras na Nova Zelândia para fugiram do apocalipse. O mesmo perfil da New Yorker conta que o "plano B" de Altman é voar para o refúgio de Thiel se a sociedade desmoronasse.

Elon Musk também afirmou que vê o risco de a IA "virar um Exterminador do Futuro" e já descreveu seu plano de construir uma colônia sustentável em Marte como fundamental para sobrevivência da humanidade a longo prazo.

O ex-chefe do Google, Eric Schmidt, alertou que a IA é um "risco existencial" para a humanidade que pode resultar em "muitas, muitas, muitas, muitas pessoas feridas ou mortas".

O clima de tensão dá lucro. A projeção é de que o mercado de bunkers cresça de US$ 137 milhões em 2024 para US$ 175 milhões em 2030. Fabricantes especializados, como Ron Hubbard, da Altlas Survival Shelters, relataram um aumento de vendas recentemente.

A Rising S, outra empresa do ramo, vende de 20 a 40 bunkers por ano, contou Gary Lynch, gerente geral da empresa há 20 anos. "Eu vendi bastante para o pessoal da tecnologia", disse ao New York Post.

Cada bunker pode custar até US$ 9,6 milhões, tudo depende do tamanho e da decoração. O modelo mais luxuoso é apelidado de "The Aristocrat".

Os clientes do setor tech em geral escolhem os maiores bunkers, que passam dos 610 metros quadrados e têm opções de lazer, como pistas de boliche, piscinas, banheiras de hidromassagem, entradas biométricas e pole dance.

Nem os bunkers da Guerra Fria escaparam dessa. A empresa Vivos, com sede na Califórnia, reforma esconderijos de mísseis em apartamentos subterrâneos de luxo e os vende como "resorts Club Med em miniatura".

Estadão
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