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Boicote de marcas ao Facebook ganha apoio de Adidas e VW

O movimento que questiona a política de conteúdo da rede social segue crescendo

30 jun 2020 - 16h59
(atualizado às 17h07)
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Imagem do logotipo do Facebook em 3D. 25/3/2020. REUTERS/Dado Ruvic
Imagem do logotipo do Facebook em 3D. 25/3/2020. REUTERS/Dado Ruvic
Foto: Reuters

A onda de anunciantes que pretendem boicotar o Facebook por conta de suas políticas de conteúdo continua crescendo. Nesta terça, mais nomes foram confirmados, entre eles estão Adidas, Volkswagen, Honda, VF (fabricante dos tênis da marca Vans), HP e a Pfizer.

O movimento já tem a adesão de nomes como Unilever, Coca-Cola e Verizon - na segunda, 29, nomes como Ford e Microsoft também revelaram que não pretendem gastar com anúncios os serviços da rede social. Segundo a[uma pesquisa da Federação Mundial de Anunciantes, um terço dos 58 principais anunciantes do mundo pretendem aderir ao boicote - no total, eles investem US$ 100 bilhões em marketing. Até agora, mais de 240 organizações já teriam aderido ao movimento.

Um representante da Volkswagen disse que a companhia vai reavaliar a adequação das plataformas do Facebook como um canal de comunicação da empresa.

O movimento de boicote, relacionado à campanha Stop Hate for Profit, foi iniciada por grupos de direitos civis dos Estados Unidos. Em uma carta aos anunciantes na quinta-feira, 25, a Liga Anti-Difamação disse que o Facebook se recusou repetidamente a remover anúncios políticos que continham "mentiras flagrantes" e demorou a responder a pedidos de retirada de conteúdo conspiratório.

Na visão de analistas, o efeito de eco dos anúncios poderá afetar a empresa num futuro próximo. "Dada a quantidade de ruído após o posicionamento da empresa, haverá impacto significativo no negócio do Facebook", disse Bradley Gastwirth, da corretora Wedbush Securities, em nota a investidores. "O Facebook precisa cuidar desse assunto rapidamente antes que ele entre numa espiral fora de controle."

Para Mark Shmulik, da consultoria Bernstein Securities, o ambiente atual, especialmente após as manifestações antirracismo nos EUA, tem um comportamento diferente: "marcas que não se engajam no boicote podem soar cúmplices a essas posturas", afirmou ele em nota.

Na última sexta-feira, a empresa anunciou uma série de mudanças em suas políticas e práticas quanto à liberdade de expressão, alterando regras para considerar que uma publicação seja considerada discurso de ódio. Outra medida foi a de passar a exibir um selo em publicações de políticos que violem as práticas da plataforma - por seu interesse público, porém, as publicações serão mantidas, afirmou Mark Zuckerberg. Na visão de grupos ativistas, porém, as mudanças foram irrisórias.

Estadão
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