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Arruda confirma denúncias e diz que ele e ACM leram os votos

Segunda, 23 de abril de 2001, 14h59
O senador José Roberto Arruda (PSDB-DF) confirmou ter entregue a lista com os votos dos senadores na sessão que cassou o mandato de Luiz Estevão (PDMB-DF) ao então presidente da Casa, senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). Antes da sessão, Arruda disse ter chamado a ex-diretora do Prodasen Regina Célia Borges a sua casa, perguntando se era possível tirar cópia dos votos registrados no painel eletrônico do Senado. Segundo ele a servidora agiu precipitadamente ao copiar os votos, já que ele não teria pedido isto especificamente.

Arruda confirmou ter lido a lista, assim que a recebeu do assessor, Domingos Lamoglia Neto. "Era um papel comum, sem timbre oficial. Não fiz cópia. Guardei a lista no envelope pardo e fui ao gabinete do presidente Antonio Carlos Magalhães. Ele leu, nós fizemos comentários", afirmou Arruda. "Me deixei levar por curiosidade mórbida e estéril. Não havia uma utilidade prática." Até semana passada, Arruda era o homem forte do presidente Fernando Henrique Cardoso no Senado, como líder do governo.

Depois de terem lido a lista, segundo Arruda, ACM ligou para Regina, agradecendo as informações. O senador do PSDB - que vinha negando ter recebido a servidora do Senado em sua casa - voltou atrás em outro pronunciamento na tribuna da Casa. Ele disse que, na semana passada, conversou com ACM, que lhe pediu que negasse o encontro com Regina. Por isso, valendo-se de sua agenda no dia 27 de junho, desmentiu ter tido qualquer contato com Regina Borges. "Convivi com o senador Antonio Carlos Magalhães e nunca vi, assisti ou participei de algum episódio que pudesse comprometer a sua conduta. Sempre existiu entre nós uma relação de respeito e afeto", disse Arruda em defesa de ACM.

Arruda garante não ter feito nenhuma cópia da lista, colocando em dúvida que Regina e o marido, Ivar, também funcionário do Senado e envolvido na fraude, não terem feito outras cópias do disquete. "Não tirei cópia, nem falei com ninguém. Mas é inegável que mais gente tenha ficado sabendo do conteúdo da lista", afirmou. Arruda aproveitou para defender o voto aberto. "Quem tem direito ao voto secreto deve ser somente o eleitor. Nós, senadores, devemos votar aberto", garante o tucano. "Eu passo, os senhores passam (referindo-se aos demais senadores), mas o Senado fica. E essa instituição essencial à democracia deve ser preservada", afirmou Arruda, ao final do pronunciamento.

Longe de Brasília - Enquanto Arruda admitia seu envolvimento, junto com o ex-presidente do Congresso, na violação do painel do Senado, Antônio Carlos Magalhães estava a caminho de São Luís, no Maranhão, onde participa da reunião de governadores do PFL.

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Redação Terra

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