O presidente do Congresso, senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) voltou a cobrar do governo federal ações mais rígidas contra o crime, até mesmo com o uso dos militares em ações policiais, para evitar acontecimentos como o assalto a um ônibus nesta segunda-feira no Rio.O senador disse que tomou conhecimento do seqüestro na noite desta segunda e afirmou que "não dá mais para brincar com a segurança do país". O senador disse que, "se querem que isso aconteça todo dia, isso vai acontecer também com as autoridades, por mais que tenham segurança". Segundo Magalhães, o governo tem de mobilizar todos os setores, inclusive o Congresso, "para se coibir, através de uma legislação própria, esses abusos , esses crimes e integrar tanto quanto possível as Forças Armadas nesses epsódios". O senador disse que esta proposta recebe a crítica dos chefes militares porque eles "se acostumaram a uma situação", mas voltou a defender a reformulação do papel das Forças Armadas. Segundo o senador, o comandante do Exército, general Gleuber Vieira, teria admitido "que, em hora difíceis, mesmo na segurança interna, o Exército não faltará".
Magalhães disse que as providências tinham de ter sido tomadas "anteontem" . O senador disse que a proposta de uma nova legislação pode ser enviada pelo Executivo ao Congresso ou os parlamentares podem propor a lei. "O governo deve enviar a mensagem, mas, seja como for, o que nós não podemos é ficar de braços cruzados com o povo morrendo na rua, assaltado da maneira que está sendo", reclamou.
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