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FHC critica ação da PM do Rio durante seqüestro

Segunda, 12 de junho de 2000, 20h29min
Atualizado à 00h41min
O presidente Fernando Henrique Cardoso criticou nesta segunda-feira (12), num pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, a ação da polícia do Rio de Janeiro no sequestro de várias passageiras de um ônibus por um assaltante, que acabou matando uma adolescente assim que foi atingido no rosto pelo disparo de um policial militar. O assaltante também morreu. O presidente defendeu uma "ação conjunta mais eficaz para combater a violência, o crime e a droga", porque, segundo FHC, o Brasil está "chegando a um ponto que é inaceitável".

O episódio já havia sido comentado pelo presidente por meio de seu porta-voz quando a moça ainda estava viva. Assim que foi confirmada a morte da adolescente, o presidente convocou rede de rádio e televisão para fazer as seguintes declarações:

"Nós acabamos de assistir, todos, estarrecidos, durante horas, a uma cena de um seqüestro de uma pessoa aparentemente drogada, uma violência que é absolutamente inaceitável. E (assisti), até certo ponto contristado, por não ver uma ação mais rápida que fosse capaz de evitar o desenlace de uma jovem absolutamente inocente. Isso impõe a todos nós, brasileiros - sobretudo nós que temos responsabilidade de governo, a necessidade de uma ação conjunta mais eficaz para combater a violência, o crime e a droga, porque estamos chegando a um ponto que é inaceitável, e eu, como presidente da República, não queria deixar de dar uma palavra de solidariedade à família, mas também ao povo sofrido das cidades no Brasil.

Com todas as dificuldades que existem, nós temos que nos dar as mãos, os governadores, o presidente da República, as forças de segurança, as Forças Armadas no que lhes corresponde, para pôr um paradeiro a essa onda de violência que tem no crime organizado e na droga as molas fundamentais. Acho que o País não agüenta mais, e, embora nós já estejamos, no âmbito da nossa ação, nos organizando para impulsionar o Programa de Emergência (de combate à criminalidade), essa violência assistida hoje (segunda-feira,12) pelo Brasil obriga a uma velocidade maior.

O governo federal entrará em contato imediato, como já fiz hoje (12) com o governador do Rio de Janeiro, que naturalmente me disse que eles estavam fazendo o que lhes correspondia, e eu disse que o que necessitasse... Mas eu sei que nessas horas depende da ação direta de quem tem o comando direto da Polícia. Acho que está na hora de pormos de lado quaisquer veleidades, sobretudo qualquer tipo de exploração política desses eventos para que possamos agir com mais energia para coibir esses atos que são francamente assustadores".

Leia a íntegra do pronunciamento do presidente Fernando Henrique sobre o seqüestro no Rio:

"Nós acabamos de assistir, todos estarrecidos, durante horas, uma cena de um seqüestro de uma pessoa aparentemente drogada, numa violência que é absolutamente inaceitável. E, até certo ponto, contristados, por não ver uma ação mais rápida, que fosse capaz de evitar o desenlace fatal de uma
jovem absolutamente inocente.

Isso impõe a todos nós, brasileiros, sobretudo a nós, que temos responsabilidade de governo, a necessidade de uma ação conjunta mais eficaz para combater a violência, o crime, a droga, porque estamos chegando a um ponto que é inaceitável.

E eu, como presidente da República, não queria deixar de dar uma palavra, primeiro, de solidariedade à família mas, também, ao povo sofrido das cidades do Brasil. Com todas as dificuldades que existem, nós temos que nos dar as mãos, os governadores, o presidente da República, as forças de
segurança, as Forças Armadas no que lhes corresponde, para pôr um paradeiro a essa onda de violência que tem, no crime organizado, na droga, as molas fundamentais.

Acho que o país não agüenta mais. E, embora nós já estejamos aqui, no âmbito da nossa ação, nos organizando para impulsionar um programa de emergência, essa violência assistida hoje, pelo Brasil, obriga uma velocidade maior. E o governo federal entrará em contato, de imediato, como
já fiz hoje, com o governador do Rio de Janeiro que, naturalmente me disse que eles estavam fazendo o que lhes correspondia. E eu disse que teria o que necessitasse. Mas eu sei que, nessas horas, depende da ação direta de quem
tem o comando sobre a polícia.

Mas eu acho que está na hora de nós pormos de lado quaisquer
veleidades e, sobretudo, qualquer tipo de exploração política desses eventos, para que possamos agir com mais energia, para coibir esses atos que são, francamente, assustadores. Boa noite."

Leia mais:
Entenda como foi o seqüestro

Agência Estado /Redação Terra

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