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CURAÇAU

Capital de cores que parecem não ter fim

Monica Zarattini/AE
CARA HOLANDESA: está presente tanto nas casas
em tons pastéis como nos nomes das ruas
Cores infinitas. Fachadas tipicamente coloniais em tonalidades fortes ou pastéis. É a face holandesa da ilha ficando ainda mais evidente. Além da arquitetura, os nomes das ruas também revelam a presença dos colonizadores.

Assim é a capital e única cidade de Curaçau, Willemstad, situada na Baía de Santa Anna, na costa Sul.

Um canal divide a cidade em duas partes: Punda e Otrobanda. Caminha-se de uma para outra pela ponte flutuante Rainha Emma. O turista desavisado leva um susto quando vê aquela construção se movendo. Ela se desloca para as margens cada vez que aparece um navio, geralmente um cruzeiro com turistas.

O governo diz ter planos para remodelá-la, com investimentos estimados em US$ 8 milhões. Afinal, Willemstad está com mais de cem anos.

Tudo importado - Punda é o lado comercial e turístico. Lojas por todos os cantos - uma tentação para os consumidores natos. Eletrônicos, perfumes e roupas destacam-se nas vitrines. E tudo é importado. Em Curaçau não se produz nada, a não ser o tão conhecido licor.

Um local bastante interessante, ainda em Punda, é o mercado flutuante.

Barracas de frutas e barcos de peixes, cobertos por lonas de diferentes cores, atraem curaçolenhos para as compras do dia-a-dia e alguns turistas curiosos.

Os barcos são de venezuelanos da Isla Margarita, que chegam com peixes frescos e ficam na beira do canal por 15 dias. Vendem por US$ 3 o quilo e contam que, em seu país, não venderiam por mais de US$ 1.

Wilman Salazar, de 39 anos, é um dos pescadores que têm a mesma rotina há dez anos. Divide um barco, que também serve de dormitório, com mais seis pessoas. Conversando com ele, percebe-se que está satisfeito com o negócio e não pretende sair tão cedo da bela Curaçau.

História e arte - Já Otrobanda, o lado residencial da cidade, é onde o visitante pode conhecer a fundo o passado da ilha. Numa caminhada por ali, depara-se com diversos monumentos históricos, dos séculos 18 e 19. Não é por acaso que a cidade foi tombada como Patrimônio da Unesco em 1997.

As alternativas para os turistas que se aventurarem a perder algumas horas de praia durante o dia são inúmeras. Há uma lista de museus. Um deles, bastante interessante, chama-se Kura Holanda, o único africano do Caribe.

Boa parte da história dos negros de Curaçau - a última ilha da região a abolir a escravidão - está em exposição nesse lugar. É uma amostra dos suplícios a que os brancos submetiam os escravos.

Ao contrário dos museus convencionais, lá se pode tocar em tudo. Há até um simulador de um porão de navio negreiro para ver como eles eram transportados. No final, observa-se uma foto da Reuters do sul do Sudão, mostrando 2.035 escravos sendo libertados. Quando? Em 1999.

O leque de atividades fora da praia inclui a destilaria onde é produzido o licor de Curaçau, as Hato Caves, cavernas onde os escravos se escondiam na época dos colonizadores. Sem contar o Christoffel Park, para caminhadas, e o Recanto dos Flamingos, das Avestruzes, entre outros.

Na maioria dos hotéis, há agências de turismo no lobby que se encarregam de organizar os passeios, até mesmo os noturnos. Um tour de três horas, incluindo, por exemplo, as Hato Caves, a destilaria e uma mansão sai a US$ 20 por pessoa; US$ 15 para menores de 12 anos.

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Jornal da Tarde

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