Léo Áquilla

Candidato a deputado, Léo Aquilla quer ser presidente

Fabíola Perez

Jadson Mendes de Lima é o nome de batismo do transformista e drag queen popularmente conhecido como Léo Áquilla, candidato a deputado estadual em São Paulo pelo PTB, que começou sua militância como um dos fundadores da Parada Gay. “As pessoas não sabem, mas o embrião da Parada Gay foi uma manifestação realizada por apenas 300 pessoas na Praça Roosevelt”, afirma. Léo conta que participa do evento desde 1996 em busca de pessoas que representassem suas ideias. “Eu não via isso e foi aí que minha mãe me alertou que quem quer não manda fazer e não fica esperando; e com 36 anos eu me candidatei pela primeira vez e tive 22 mil votos”.

Graduado em Jornalismo e pós-graduando em Jornalismo Político, Léo divide seu tempo entre as atividades da campanha eleitoral, a vida artística e os estudos. “Um dos pensadores políticos diz que tem gente que nasceu pra ser líder e tem gente que nasceu para ser liderado. Está no DNA essa coisa da liderança e da governança e ele chama isso de servidão espontânea, ou seja, o porquê de milhares de pessoas nascerem para obedecer a uma só. E eu nasci para ser líder”. Questionado se pretende se candidatar a outros cargos públicos, Léo é categórico: “eu quero ser presidente da República”, mas logo em seguida, completa: “é claro que quero cumprir todas as etapas, não fazer o que a Dilma está fazendo, de ir lá sem nunca ter sido eleita a nada”.

Assumidamente “sonhador e meio romântico”, o candidato afirma que se cansou de ver a população tão desunida e por isso resolveu se envolver politicamente com a causa do Movimento Gay. “A gente tem muita visibilidade, ok. Mas como transformar essa visibilidade em direito?”, questiona. Léo explica que seu filho mais novo, de 11 anos, assumiu para toda a família que quer ser gay. “As crianças estão escolhendo suas opções sexuais cada vez mais cedo”, afirma, justificando a relevância de levar à Assembleia Legislativa um projeto que aborde a educação infantil e trabalhe valores como tolerância e respeito à diversidade.

Filiado ao atual partido desde 2009 e presidente do PTB Diversidade, Léo adotou como slogan político o “sim, nós podemos”. “Podemos o quê? Fazer a reforma política”, completa. “Falo isso pelo termômetro das ruas, porque candidato que não vai para as ruas não ganha eleição; e como sou artista de televisão, sou muito conhecido, inclusive pelas senhoras... Até acho que vou herdar os votos do Clodovil”, acredita.

Confira a entrevista na íntegra.

Terra