Léo Áquilla

Qual o principal motivo que te leva a concorrer em 2010? Quais os principais aspectos de seu plano de governo?

Nós temos várias propostas para beneficiar os gays que estão em votação, que estão sendo apresentados. Essa questão do casamento gay, que causa uma certa polêmica, tem gente que acha que a gente quer se vestir de noiva e não é essa a questão. Eu não acredito que um político heterossexual, por mais simpatizante que ele seja, vá lutar por uma causa bravamente que não é a causa primária dele. Essa é a diferença entre um político hetero e um político gay. Quando eu estou lutando pelo casamento eu não estou lutando pelos gays, eu estou lutando por mim mesmo. Eu também criei um projeto para educação infantil que se chama Inteligência Emocional que se trata de abordar no ensino fundamental, na formação do individuo, o que é tolerância, o que é diversidade, que o mundo precisa ser respeitado. A realidade está aí e as crianças já são assumidas com 12 anos de idade.

Qual foi sua trajetória partidária? Como é a aceitação de um candidato gay nas legendas?

Hoje, eu sou presidente do PTB Diversidade. Já participei do PSC e PR. Eu fui buscar partidos que pudessem me receber com mais carinho de braços abertos, que me ajudassem a discutir as minhas propostas, as minhas causas e o partido que eu mais identifiquei até agora foi o PTB. O candidato gay é aceito se ele for bem votado, como eu tenho 22 mil votos, tenho portas abertas em qualquer partido, o que interessa pra eles é número. O partido mantém vários departamentos. Ele me convidou para fundar o PTB Diversidade e eu aceitei. O que muita gente me questiona é que o PTB foi o partido de Getúlio Vargas e foi pautado em cima da ditadura. E foi mesmo. Só que as leis trabalhistas, por exemplo, vieram do PTB. Todo mundo que é bravo num ano, no outro amansa o coração. Eu com meio jeito gay de ser já derrubei muitas barreiras.

Na Parada Gay de São Carlos, Léo Áquilla posa para foto junto com idosa militante do Movimento Gay. foto: Divulgação
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