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Jihad, a luta santa
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  A gravura do Século XVI faz  parte do livro O Império dos  Sultões: a arte otomana
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O movimento islâmico Talibã, que foi deposto do governo afegão durante a guerra dos Estados Unidos, declarou uma jihad contra os norte-americanos. Na frase anterior, a palavra árabe jihad é traduzida como guerra santa, mas uma tradução mais rigorosa seria luta santa. Estudiosos islâmicos afirmam que o termo guerra santa foi cunhado na Europa na época das Cruzadas para referir-se à luta contra os muçulmanos e, do ponto de vista puramente semântico, jihad significa lutar ou esforçar-se.

No Alcorão e nos ensinamentos de Maomé, jihad significa esforçar-se pelo benefício da comunidade ou pela contenção dos pecados pessoais. Pode referir-se a esforços internos ou externos para ser um bom muçulmano. A jihad é uma obrigação religiosa e se for convocada para proteger a fé contra terceiros, pode-se usar meios legais, diplomáticos, econômicos ou políticos. Se a alternativa pacífica não for possível, o Islã permite o uso da força, mas há regras rígidas. Inocentes, como mulheres, crianças ou inválidos, não devem ser feridos e qualquer iniciativa de paz do inimigo deve ser aceita. A ação militar, assim, é apenas um dos modos de levar adiante a jihad, e é o modo mais raro de fazê-lo.

O conceito foi utilizado por grupos políticos e religiosos ao longo da história a fim de justificar várias formas de violência. Na maior parte dos casos, grupos islâmicos dissidentes invocam a jihad para lutar contra uma ordem islâmica estabelecida. O termo remete à violência e não é uma declaração de guerra contra outras religiões. Vale notar que o Alcorão refere-se especificamente a judeus e a cristãos como "pessoas do livro" que devem ser protegidas e respeitadas. Todas essas fés veneram o mesmo Deus. Alá é o nome árabe para Deus, e é usado tanto por árabes-cristãos quanto por muçulmanos.

A ação militar em nome do Islã não é algo comum na história dessa religião. Estudiosos dizem que a maior parte das decretações de uma jihad violenta não são sancionadas pelo Islã. O uso de meios militares em nome de Deus não é exclusividade do Islã, já que outras fés realizaram suas guerras ao longo da história sob justificativas religiosas.

Reuters e AFP

 
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